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sábado, 18 de agosto de 2012

" UMA HISTÓRIA DE AMOR "


Considere o paralelo entre a história de Criação e a sua própria vida hoje, no mundo moderno. No começo, há apenas você. Para amar, você precisa sair do centro e criar um espaço para um outro. O amor só começa quando isso é feito - você "sai do caminho" para dar espaço a outra pessoa em sua vida.
Em outras palavras, se você é egocêntrico, não está pronto para o amor. Se é egocêntrico, não consegue criar espaço suficiente para cuidar de outra pessoa. O amor verdadeiro não é somente criar esse espaço em sua vida para outra pessoa, mas também respeitá-lo e mantê-lo. É fazer parte e, ao mesmo tempo, manter-se afastado da vida de alguém.
E uma vez que você consiga se retirar do centro e criar um espaço para outra pessoa, precisa desenvolver uma sensibilidade apurada para perceber como o seu  parceiro é especialmente diferente - como é outro. Quando nos apaixonamos por alguém, temos a tendência de notar o que temos em comum e de ignorar as diferenças; é isso que a expressão "o amor é cego" significa. No entanto, o amor verdadeiro não é cego. Ele enxerga - enxerga as diferenças, as diversidades, o bom e o ruim. Sentir um amor verdadeiro é enxergar e, mesmo assim, amar.
Em hebraico o verbo "ver" tem ligação direta com o verbo "respirar"; ou seja, enxergar com os olhos do amor verdadeiro significa ver, aceitar e respeitar aqueles que amamos como realmente são, sem que projetemos neles nossos sonhos e nossas fantasias. Tudo isso é muito difícil, porque quase sempre tentamos "encaixar" aqueles que amamos em nossas visões do que é o amor. E, se não se "encaixam direito", tentamos modificá-los.
Mas, se conseguirmos ver não somente o que temos em comum com aqueles que amamos, como também o que nos diferencia, e se apreciamos e honramos essas diferenças, então podemos dar o próximo passo: a doação de nós mesmos aos nossos companheiros. Simultaneamente, devemos permitir que eles façam o mesmo. Assim, permitiremos que criem para nós um espaço na vida deles, que reconheçam e respeitem a nossa diversidade e que se deem a nós.
É como abraçar. Para abraçar alguém, você cria um espaço com os braços para incluir quem abraça. Mas, é claro, isso deve ser feito de modo que a outra pessoa também possa abrir os braços para incluir você. Se o "dar" e o "receber" não acontecem simultaneamente, o relacionamento não funciona. Não é amor, é outra coisa; e essa "outra coisa" só cria desentendimento e infelicidade, e, eventualmente, o relacionamento termina.
Amar é dar-se à outra pessoa - assim nos diz a história cabalística. A Criação do Mundo foi um ato de amor. O rompimento dos recipientes representa a nossa incapacidade de receber a luz do amor de modo independente. E o conserto dos recipientes é o desafiante processo de reconstrução de nós mesmos por meio de relacionamentos,  para que juntos, possamos receber a Luz Infinita do amor, o presente de Hashem.
Agora encontramos a resposta da grande pergunta. Qual é o propósito da vida ? É o amor. A essência da vida - o desígnio da vida - é o amor. Qual é a energia que move o mundo ? O que nos guia e nos faz prosseguir na vida ?  A resposta é o AMOR.

(Rabino David Aaron - "Luz Infinita")

Por isso DEUS é amor, e os 2 maiores mandamentos são: Amar a DEUS sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Ou melhor ainda, cumprir toda a Lei é aprender a amar e amar de todo o coração. Quem ama de verdade semeia para a vida eterna.

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