Ole Bull que, em seus dias, era o violinista mais famoso do mundo, gostava muito de fazer caminhadas. Conta-se que, certa ocasião, ele se perdeu em uma floresta muito densa. Na escuridão da noite, foi dar em uma choupana onde morava um velho eremita. Este o acolheu, serviu-lhe um alimento e o agasalhou. Após o jantar, os dois se sentaram em frente à lareira. Então o ermitão pegou uma velha rabeca, já muito desgastada, e se pôs a tocá-la, extraindo algumas notas toscas e estridentes. A certa altura, Ole Bull lhe disse:
- 'Acha que eu poderia tocar um pouco ?'
- 'Creio que não vai conseguir, respondeu o homem. Levei muitos anos para aprender."
E Ole replicou:
- 'Deixe-me tentar.'
Em seguida, ele pegou o "maltratado" instrumento, ajeitou-o ao ombro e começou a deslizar o arco sobre as cordas. Imediatamente a choupana do eremita se encheu de uma música divinal. Diz a história que o velho chorava como uma criança.
Nós somos como esse instrumento velho e batido. As cordas de nossa vida estão rebentadas; o arco, entortado. Entretanto, se permitirmos que DEUS nos pegue e nos toque, Ele produzirá, com esse instrumento velho, quebrado, batido, amassado e marcado, uma música digna dos ouvidos dos anjos.
(Lettie Cowman)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.