Páginas

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

" OS SIGNIFICADOS CONTIDOS NOS ANOS - III "


Em nossa última conversa, terminamos com a leitura dos 2 primeiros números - 57 -, que dizem respeito às letras - nun e zain -, e com a leitura pela metamatemática do próprio ano - 5758 -, que, mais uma vez nos remeteu à letra - zain. Como não há coincidências no plano Divino, a repetição de - nun - nas 2 porções numéricas (57 e 58) e a repetição de - zain, ainda acrescidas de - chet, compõe um quadro profético muito forte, que já vimos um pouco e que vamos ampliar e, se possível, aprofundar, com a inspiração do vento do Espírito.
Esse quadro histórico e profético que se repete (tempos de Noé e agora), começa a sinalizar algo muito forte a partir desse momento do passado, algo que marca a história da humanidade, desde os tempos de Noé, senão vejamos o que as Sagradas Escrituras nos dizem em Gênesis ou Bereshit, 6:11, a saber:
- "A terra, porém, estava corrompida (shachat) diante da face de DEUS; e encheu-se a terra de violência (chamas)."
Aqui estamos diante de 2 termos hebraicos que compõem o quadro histórico e profético e que são muito sugestivos - shachat e chamas -, o 1º (shachat) tem como significado 'destruir, corromper, deteriorar, arruinar, danificar, inutilizar", e o 2º (chamas), o significado de "violência, mal, injustiça, crueldade, violar, agravo, afronta". Como curiosidade, faz-se oportuno registrar que, este 2º termo dá nome ao partido palestino que é inimigo mortal - hoje - de Israel, que odeia ao Judeu (Chamas ou Hamas).
Este período de tempo na história da humanidade compõe a fase chamada de Idade de Bronze, por Hesíodo, quando a raça dos homens teve como sua matriz os freixos (uma madeira), símbolo da guerra. Trata-se aqui da Hybris militar, da violência bélica, que caracteriza o comportamento do homem na guerra. Assim, do plano religioso e jurídico, do início, se passou às manifestações da força bruta e do terror. Já não mais se cogitava de justiça, do justo ou do injusto, ou até de culto aos deuses. Os homens da Idade de Bronze pertencem a uma raça que não come pão, quer dizer, são de uma Idade que não se ocupa com o trabalho da terra. O próprio epíteto desta Idade a que pertencem esses homens violentos tem um sentido simbólico. Ares, o deus da guerra, é chamado por Homero de khálkeos, isto é, "de bronze".
Ora, estes 2 termos - corromper e violência - são igualmente encontrados em Ezequiel 28:12-19; trecho que nos relata a queda de Lúcifer, e oferece subsídios importantíssimos para começarmos a entender melhor o passado e mais ainda o presente e, também, ajudar-nos a compreender o futuro próximo, termos esses aos quais poderíamos acrescentar um 3º - chatah ("errar, pecar"), já visto por nós nos mistérios da conjugação das letras H - TS - R, ou seja:
- 16 - "Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste..."  e
- 17 - "Elevou-se (gabah) o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor..."
Estamos aqui diante da origem cósmica, na eternidade, e até muito antes do Eden, destas energias sumamente negativas: violência, pecado e corrupção, que projetaram este querubim (Lúcifer) para longe do próprio Criador, do PAI, pois foi do seu interior que surgiram essas energias, essas pulsões, do seu próprio coração, elas não vieram de fora, de alguma outra fonte. Aqui começa a história do conflito cósmico, da rebelião celestial, que JESUS consertou na CRUZ, promovendo uma reconstituição cósmica - o Tikun, reconstituição e reconciliação essas que já haviam sido estabelecidas desde a Fundação do Mundo (Apoc. 13:8), e que denominamos no cristianismo de Redenção, fato que se consumou na Cruz e que atingiu céus e terra, quando ambos foram purificados, consoante Hebreus 9:22 a 27, Col. 1:20 e Ef. 1:10.
Essa violência é ligada no pensamento grego à hybris (por isso a hybris militar da Idade de Bronze), que configura o descomedimento, a démesure, a hamartíai, uma violência feita a si próprio e aos deuses, a insolência, a ultrapassagem do métron, que será a mola mestra da Tragédia grega, o ir além de si mesmo e se destruir, um excesso, a temeridade, a volúpia "das alturas", o desejo de igualar-se aos deuses, em síntese a personificação da megalomania, algo que era provocado pelo êxtase e pelo entusiasmo, que advinham da parte dos mesmos deuses, a famosa mímesis (a imitação), ou seja, "me imite e não me imite".
Em assim sendo, tanto o texto bíblico como a mensagem profética que advém das letras e das palavras, nos dizem que, no momento histórico da vida de Noé, que corresponde aproximadamente à Idade de Bronze, o reinado da Treva em nosso planeta, consequência da Queda do homem, pela desobediência de Adão e Eva, havia chegado a um máximo, a uma ultrapassagem de limites indizível, à liberação da violência e da corrupção, à ultrapassagem de todos os limites e medidas, a uma deterioração e destruição incalculáveis, que vai provocar a intervenção de DEUS através do Dilúvio. Ora, este mesmo quadro profético começa a se repetir em nossos dias e vai-se agravar até um clímax de rebelião, descomedimento e violência - o governo mundial -, que estamos prestes a assistir. Hoje já fomos longe e ainda falta mais algumas pinceladas para completar este quadro aterrador e ao mesmo tempo promissor. Uma boa tarde, Enos. 

" ELE PRÓPRIO, CARREGANDO A SUA CRUZ, SAIU... " (João 19:17)


Há uma poesia chamada "A Cruz Trocada",  que fala de uma mulher que, muito cansada, achou que a sua cruz era mais pesada do que a das pessoas à sua volta, e desejou trocá-la por outra. Certa vez sonhou que tinha sido levada a um lugar onde havia muitas cruzes, de diversos formatos e tamanhos. Havia uma bem pequena e linda cravejada de ouro e pedras preciosas. "Ah, esta eu posso carregar facilmente", disse ela. Então tomou-a; mas seu corpo frágil estremeceu sob o peso daquela cruz. As pedras e o ouro eram lindos, mas o peso era demais para ela.
A seguir viu uma bonita cruz, com flores entrelaçadas ao redor de seu tronco e braços. Esta seria a cruz ideal, pensou. Então tomou-a; mas sob as flores havia espinhos, que lhe feriram os ombros.
Finalmente, mais adiante, viu uma cruz simples, sem jóias, sem entalhes, tendo apenas algumas palavras de amor inscritas nela. Pegou-a, e viu que era a melhor de todas, a mais fácil de carregar. E enquanto a contemplava banhada pela luz que vinha do céu, reconheceu que era a sua própria cruz. Ela a havia encontrado de novo, e era a melhor de todas, e a que lhe pareceu mais leve.
DEUS sabe melhor qual é a cruz que devemos levar. Nós não sabemos o peso da cruz dos outros. Invejamos uma pessoa que é rica; a sua cruz é de ouro e pedras preciosas, mas não sabemos o peso que tem. Ali está outra pessoa cuja vida parece muito agradável. Sua cruz está ornada de flores. Se pudéssemos  experimentar todas as outras cruzes que julgamos mais leves do que a nossa, descobriríamos por fim que nenhuma delas é tão certa para nós como a nossa.

Glimpses through Life's Window

" ALI OS PROVOU " (Ex. 15:25)


Estive certa vez na sala-de-provas de uma grande indústria de aço. À minha volta achavam-se pequenas divisões e compartimentos, e nelas, peças de aço haviam sido provadas. Cada uma estava marcada com um número que mostrava seu ponto de resistência. Algumas haviam sido torcidas até se quebrarem, e a força de torção estava registrada nelas. Outras haviam sido esticadas até ao ponto máximo, e sua resistência à tração também estava ali indicada. Outras, ainda, haviam sido prensadas até ao máximo, e também estavam marcadas. O chefe das obras sabia exatamente o que aquelas peças de aço suportariam sob pressão. Sabia exatamente o que aguentariam se colocadas num grande navio, edifício ou ponte. E sabia isso porque a sala-de-provas o havia revelado.
Muitas vezes, isto acontece com os filhos de DEUS. Ele não quer que sejamos como vasos de vidro ou porcelana. Deseja ver-nos como essas peças de aço, enrijecidas, capazes de suportar torções e compressões até o máximo, sem desfalecer.
Ele não quer que sejamos plantas de estufa, mas carvalhos batidos pelas tempestades; não dunas de areia, movidas por qualquer rajada de vento, mas rochas de granito, arrostando os mais furiosos temporais. Para tornar-nos assim, Ele precisa levar-nos à Sua sala-de-provas do sofrimento. Muitos de nós não precisam de outro argumento que a própria experiência, para provar que de fato o sofrimento é a sala-de-provas da fé.

J. H. McC

É muito fácil falarmos e apresentarmos teorias sobre a fé, mas, muitas vezes, DEUS nos lança no cadinho para provar o nosso ouro e para separar dele a escória e as imperfeições. Felizes somos nós, se os furacões que encrespam o mar inquieto da vida têm o efeito de tornar JESUS ainda mais precioso ao nosso coração. É melhor a tempestade com CRISTO do que as águas mansas sem Ele.

Macduff

Como seria, se DEUS não pudesse usar o sofrimento para amadurecer a nossa vida ?

(Lettie Cowman)

terça-feira, 28 de agosto de 2012

" ENCERRADOS PARA AQUELA FÉ " (Gal. 3:23)


No passado DEUS deixou que o homem ficasse sob a guarda da lei, a fim de que aprendesse o caminho mais excelente da fé. Pois na lei ele veria os altos padrões de DEUS, e também reconheceria sua própria incapacidade; estão estaria predisposto para aprender o caminho Divino da Fé.
DEUS ainda nos encerra para a fé. Nossa natureza, nossas circunstâncias, provas e desilusões, todas servem para nos encerrar guardados, até que vejamos que a única saída é o Caminho Divino da Fé. Moisés tentou conseguir o livramento de seu povo pelo esforço próprio, pela influência pessoal, e até pela violência. DEUS teve de deixá-lo 40 anos no deserto, até ele estar preparado para o trabalho.
Paulo e Silas foram enviados por DEUS a pregar na Europa. Desembarcaram e foram a Filipos. Foram açoitados e postos na prisão com os pés no tronco. Ficaram ali encerrados para a fé. Confiaram em DEUS. Entoaram louvores a Ele na hora mais escura, e DEUS operou livramento e salvação.
João foi exilado na ilha de Patmos: foi encerrado para a fé. Não tivesse ele sido encerrado, nunca teria visto tão gloriosas visões de DEUS.
Amado leitor, você está em alguma grande dificuldade? Teve alguma desilusão? Sofreu alguma dor terrível, alguma perda muito grande? Está num lugar difícil? Ânimo! Você está encerrado para a fé. Aceite sua dificuldade da maneira certa. Entregue-a a DEUS. Louve-O porque Ele faz com que todas as coisas cooperem para o bem e porque DEUS trabalha para aquele que Nele espera. Você receberá bênçãos, auxílio e revelações de DEUS que de outra forma não lhe teriam sobrevindo; e, além de você, muitos receberão grandes bênçãos e revelações porque a sua vida esteve encerrada para a fé.

C. H. P.

" OS SIGNIFICADOS CONTIDOS NOS ANOS - II "


Nestes momentos matinais, quando as aves gorjeiam louvando o Criador, sinto o Vento do Espírito a nos convidar a mais uma conversa sobre a Palavra, a Lashon HaKodesh, a Língua Sagrada, em sua textura maravilhosa, letras e números, compondo sons que falam à nossa vida e ao nosso coração. As Sagradas Escrituras não são um livro como os outros, mas elas possuem uma estrutura Divina por trás das meras letras, letras essas que passam a ter vida se permitimos que o ESPÍRITO SANTO as avive e as aplique a cada um de nós.
No exemplo que estamos examinando e que se reporta a uma data específica - 5758 -, ano judaico que corresponde aos nossos anos atuais de 1997-1998, vimos que, se tomarmos os 2 números finais - 58 -, e deles fizermos uma leitura a nível mais profundo, ela nos leva às letras nun e chet, que compõe o nome de Noach (Noé), perfazendo o quadro profético anunciado por JESUS nos Evangelhos: que os dias de Sua volta seriam como os dias de Noé. Ora, cientistas afirmam que tanto nos tempos de Noé como nessa data que acabamos de passar, que faz parte do quadro que antecede a volta de JESUS, foi visto um cometa que atravessou nossos céus, e que tanto lá como cá - foi e é motivo de sinal para os fatos que estão por ocorrer.
Vimos mais que, deixando as próprias letras falarem, nun e chet, elas nos sinalizam também fatos surpreendentes e proféticos, pois enquanto - nun aponta para Shavuot, a Festa da Colheita, com seus desdobramentos muito significativo, em que uma "cascata de maravilhas" faz parte do contexto, chet - fala da ambiguidade desse período, que será marcado tanto pelo pecado como pela pureza, período de "dor de parto" e de nascimento de vida, e que possui ainda outros contrastes muito sugestivos e pertinentes, segundo a palavra inspirada de Lawrence Kushner, todos eles fatos que fazem parte desse quadro profético que temos diante dos nossos olhos, senão vejamos:
- período que experimentará - chilul, a profanação, a secularização que não reconhece nenhuma santidade e só sabe dividir as almas, mas período que terá - chavurah, um pequeno grupo, uma pequena sociedade de almas que se unem para realizar uma tarefa sagrada, ambos fatos marcantes que já estão ocorrendo há algum tempo; período de - churban, destruição, devastação que parece ser sempre o fim, e período de  - chupah, um abrigo protegendo as sementes de uma outra geração, à semelhança da cúpula do casamento, também fatos que já estão ocorrendo e irão ocorrer cada vez mais.
- e é por isso, nos diz Lawrence, que no fim de um livro da Torah e no começo de algo difícil dizemos: chazaq, seja forte; aprenda com aquilo que já passou, que força não significa necessariamente poder, e sim resistência e equilíbrio.
Contudo, como pontuamos na última conversa, há mais 2 números que não estão nessa data por puro enfeite, ou seja, 57, que também possuem mensagens a ampliar o quadro profético em exame, senão vejamos:
- 50, como já vimos, é - nun, e 7 é - zain, também nossa conhecida da série de conversas sobre a Lashon HaKodesh (sobre as letras H - TS - R). Entretanto, num 1º momento, nun, que já nos fazia lembrar de Hag ha-Shavuot, a Festa das Semanas, de Hag ha-Qatsir, a Festa da Colheita, e de Yom ha-Bikurim, o Dia das Primícias, agora vai nos falar de "um pássaro-alma, neshamah, que se assusta facilmente e se recolhe no silêncio, como uma pessoa - nefesh, ou melhor, em cada pessoa e em cada pássaro-alma há algo de feminino - neqayva"; algo que aponta para este pássaro em especial, a pomba, tanto solta por Noé na Arca como aquela que desceu sobre JESUS no momento do seu batismo, configurando a Sua unção com o ESPÍRITO SANTO, e perfazendo o contexto do Pentecoste, o 50º dia após a Festa da Páscoa, ou 50º após a Sua Crucificação. Já - zain, pontua tanto como zachor o macho da espécie como zachar - lembrar-se -, e ainda diz mais: Zachor Ymot Holam, "Lembra-te dos dias do Universo que já passaram", colocando a figura de zeman, "aquele homem que pode ver o passado". Ora, estas configurações todas se fazem mais do que presentes nos dias que se passam, à semelhança do que aconteceu nos tempos de Noé, quando a violência também imperava, pois um dos principais objetivos do Adversário é destruir o macho da espécie através do homossexualismo, que está sendo imposto progressivamente (como nos tempos antigos ele tentou destruir pelo machismo), e o "lembrar-se" será o fator determinante para separar o profanador (chilul) daquele que fará parte desse pequeno grupo (chavurah) daqueles que continuarão realizando as tarefas sagradas; por isso o poder - ver o passado - também será um fator determinante, razão pela qual na outra série de meditações já mencionada, o vento do Espírito nos conduziu à passagem bíblica de Devarim (Deuteronômio) 32:7-9: "Lembra-te dos dias da antiguidade, atenta para os anos de muitas gerações...". 
Vivemos, assim, um momento profético de altíssima importância, em que cada palavra, cada texto, do Antigo ou do Novo Testamentos, será de uma importância fulcral, pois são sinais deixados e colocados estrategicamente para nos orientar em momentos de crescente dificuldade e de guerra de altíssimo nível.
Para concluir, vejamos aonde nos leva a leitura pela metamatemática do ano em questão - 5758:
- 5 + 7 + 5 + 8 = 25, que reduzido nos dá 2+5=7. Fantástico, essa data, por todos os meios e ângulos possíveis está querendo nos fazer "lembrar" e "ver o passado", pontuando como um alerta enorme: "Assim como foi nos dias de Noé assim será nos dias da volta do Filho do Homem...". Que mais queremos, a grande advertência está aí, pois - o esquecimento -, como vimos, será um tobogã a nos conduzir do esquecimento ao sono e do sono à morte eterna, quando seremos mergulhados nas águas do rio Lethe e dela beberemos pela eternidade, "aproveitando" dos "deleites" desse rio do Inferno, filho da discórdia e da guerra. Por hoje paramos aqui, Enos

domingo, 26 de agosto de 2012

" OS SIGNIFICADOS CONTIDOS NOS ANOS - I "


Uma vez que cada letra do alfabeto hebraico tem um valor numérico, os números encontrados também podem ser traduzidos novamente em letras do alfabeto. Por exemplo, o número 1 representa o alef, a 1ª letra do alfabeto hebraico. O número 2 é beit, a 2ª letra; enquanto o número 3 é o valor de gimel, a 3ª letra, e daí por diante. Esse sistema numérico termina com tav, a 22ª letra, cujo valor é 400. Os rabinos começaram a perceber que quando os anos judaicos são traduzidos de volta em letras do alfabeto, às vezes eles contêm um código revelando um acontecimento profético ou tema que ocorreu naquele ano específico. Vou dar um exemplo.
O ano 1997-1998 no calendário gregoriano foi o ano judaico de 5758 (os anos se sobrepõem, pois o Ano-novo judaico começa no outono, e o nosso Ano-novo começa em 1º de janeiro). Quando traduzimos o ano judaico de 5758 para o valor das letras hebraicas, os dois últimos números, 58, são a letra hebraica nun, cujo valor é 50, e chet, cujo valor é 8. Essas duas letras, nun e chet, se pronunciam Noach, o nome hebraico para Noé, cujo nome significa "descanso". Qual a relação entre 1997-1998 e Noé ? Em 1997-1998 um grande cometa chamado Hale-Bopp, 50 vezes mais brilhante que o cometa Halley, passou pelo Universo. De acordo com os astrônomos cristãos, na última vez que ele foi visto na Terra foi ao mesmo tempo em que Noé estava preparando a arca. O professor de hebraico Bill Cloud afirma que uma antiga tradição judaica sustenta que Noé viu um enorme cometa que o advertiu quanto à breve destruição da terra. Assim, o ano judaico traduzido para o alfabeto hebraico contém o nome de Noé, e no mesmo ano um sinal cósmico foi visto nos céus, o qual estava ligado aos dias de Noé. Isso lembra aos crentes que "assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem" (Mateus 24:37)

(Perry Stone - "Desvendando o Código Judaico")


Estamos diante de um texto profético que podemos novamente examinar através da Lashon HaKodesh (a Língua Sagrada), assim, vamos deixar que o vento do ESPÍRITO nos conduza para algumas leituras desse ano do calendário judaico, que faz referência ao nome de Noé (Noach), ano 5758. A 1ª decodificação já foi ensejada no próprio texto acima, pois 50 é nun e 8 é chet. Em assim sendo, deixemos que estas letras falem conosco a respeito desses fatos históricos e proféticos que elas prenunciam. O nun, que corresponde ao número 50, está ligado à Hag ha-Shavuot, a Festa das Semanas, à Hag ha-Qatsir, a Festa da Colheita,  e ao Yom ha-Bikurim, o Dia das Primícias, que é o 50º dia após a festa da Páscoa, e que correspondem ao Pentecoste cristão, a descida do ESPÍRITO SANTO, o Jubileu cristão. Uma leitura ao nível - sod - dessa letra, nos revela algo maravilhoso e surpreendente, senão vejamos: "Arremessando-se entre risos e lágrimas, Nun desce como uma cachoeira de maravilhas - Niflahot. Não abra os olhos para ver esta letra, feche-os" (Lawrence Kushner) E - chet - também nos fascina e maravilha, pois vejamos o que o autor supra citado nos diz dela: "Na Torah, a letra chet é escrita com um apêndice pontudo na cabeça. É quase como se houvesse 2 letras separadas, porém unidas por um vínculo tênue. Para ficar de pé, elas precisam uma da outra. Mas gostariam de não precisar. Por isso, mal se tocam. Chet é a agonia de uma alma separada de si mesma; a parte superior e a inferior de sua garganta digladiando-se para criar o som de chet. É por isso que o som chet gera pares tão estranhos e conflitantes. Senão vejamos: pecado é chatah, uma alma dividida porque acredita ser pura. Enquanto uma alma pura, chassid, está convencida de que comete muitos pecados. Dor de parto é chebel, quase morrendo na hora de nascer, trazendo a vida. Enquanto a vida é chayim, quase morrendo e quase vivendo por trazer a vida.
Notavelmente, essas 2 letras, aparentemente tão diferentes, estão nos alertando sobre a volta de JESUS, que será como foi nos dias de Noé, consoante as Sagradas Escrituras nos dizem, ou seja, em 1º lugar, será aquele momento em que uma cachoeira de maravilhas - niflahot - acontecerá, algo único e surpreendente, pois no passado ocorreram o Dilúvio e a Arca, e agora vão ocorrer a Grande Tribulação e a volta de JESUS CRISTO. Mas este momento em que uma "cachoeira de maravilhas" (referente à 1ª letra) se manifestará, também envolverá os contrastes marcantes da 2ª letra, chatah ou chassid, pecado e/ou pureza, chebel ou chayim, dor de parto e nascimento de vida, ou melhor, duas dimensões  muito opostas estarão se manifestando, quando o joio será separado do trigo, e também o momento em que quem é limpo poderá manifestar-se plenamente, limpando-se cada vez mais e quem é sujo poderá deleitar-se na sujeira, sujando-se ainda mais; momento de definições essenciais e eternas, de destinos que se afastarão  para sempre. As 2 letras, nun e chet, se fizeram e se fazem proféticas, tanto nos dias de Noé como nestes momentos que antecedem a volta maravilhosa de JESUS, quando haverá a manifestação do Governo Mundial e dos anos de tribulação, porque será momento de salvação e perdição, para uns vida eterna e para outros condenação eterna. Escolha agora seu lado, enquanto é tempo de graça.
Mas os 2 números que antecedem os examinados acima, ou seja, 57 (que correspondem às letras nun e zain), não estão ali por enfeite, nem sua análise pela metamatemática deve ser esquecida, pois ambos têm mensagens para nós, que veremos numa 2ª conversa. Uma boa noite, Enos.

sábado, 25 de agosto de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - VI "


Bom dia, estamos em pleno Shabat Shalom, e em momentos tão preciosos assim vamos aproveitar para manter esse texto tão rico ainda diante dos nossos olhos e pensamento.
E em assim sendo, continuemos a permitir que a LASHON HAKODESH (a Língua Sagrada) descortine-se diante dos nossos olhos, e voltemos ao significado 2º que emana da letra - zain, quando ela nos diz;
"Zachor Ymot Holam" - "Lembra-te dos dias do Universo que já passaram."
E, em seguida, lembremos que ela nos pontua 4 novas palavras que estão dentro dessa configuração, ou seja: Zaqan, "a esse homem pertence uma barba", Zaqayn, "e esse homem é velho", Zeman, "esse homem pode ver o passado", e Zachaer, "esse homem pode se lembrar de tudo". Assim, veremos agora que essas virtudes estão ligadas tanto ao "pai" como ao "ancião", citados no texto de Deut. 32:7-9.
O termo seguinte a ser examinado nesse texto bíblico profético e histórico é o verbo "pergunta", que em hebraico é sahal, e que significa "inquirir, pedir conselho, suplicar, consultar", e é dirigido ao pai, hab ou habah (daí a expressão usada por JESUS, Aba Pai), originando-se dela o nome de Abrahão (Habraham em hebraico, que significa "pai de uma multidão"), termo esse que diz respeito ao pai de verdade, aquele que assume a sua missão paternal, que é o macho da espécie, pois só a esse homem em especial é possível ser feita essa inquirição, esse pedido de conselho, essa súplica, essa consulta, pois ele pode ver o passado (zeman) e se lembrar de tudo (zachaer). Para confirmar o que  estamos dizendo, e ampliar a visão sobre esse texto bíblico, vamos verificar que o próximo verbo que aparece nessa passagem bíblica é  "informará", que é nagad em hebraico, ou seja, também é uma raiz primitiva e significa "defrontar, manifestar, anunciar, predizer, explicar, dar a conhecer". 
Assim, pontuemos o que estamos aprendendo, pois as Sagradas Escrituras nos ensinam que o conselho é pedido, a consulta é feita a um "pai", aquele que realmente sabe das coisas, e pode "dar a conhecer" (algo que vai envolver o dahat de Oséias 4:6 e de Gen. 2:9), "explicar", "predizer" e "defrontar" o feliz interessado que quer aprender, abrindo para ele ensinamentos e caminhos vitais. E, para confirmar e aprofundar ainda mais o tema que estamos examinando, a próxima palavra que o livro das palavras Devarim ou Deuteronômio nos traz é "anciãos", que em hebraico é zaqen ou zaqayn, e que significa "velho, idoso, ancião, o mais velho", exatamente uma das palavras básicas que promana da letra zain, e que já vimos numa das conversas atrás, pois zain é a letra que está por detrás não só das 4 palavras agora em exame, como das 4 primeiras que motivaram este estudo. Ora, se o pai "informa" (nagad) o ancião "diz", que em hebraico é hamar, que também é uma raiz primitiva e que significa "dizer, responder, apontar, afirmar, certificar, desafiar", algo que nos remete às expressões do Gênesis ou Bereshit: "DEUS disse". Portanto, estamos diante de um dizer Sagrado, que remete ao PAI, configurando  aquilo que vai ser falado como algo de grande importância, e que envolve o assunto que está sendo transmitido nessa passagem bíblica de Devarim, e que é exatamente o tema destas meditações. 
Em assim sendo, e tentando resumir tanta sabedoria, vejamos: a verdade dessas 4 palavras, e do seu sentido mais profundo - lembrar-se - e - ver o passado -, só podemos obter de um "pai de verdade" ou de um "ancião", do mais velho e vivido, do mais experiente, pois só eles tem a capacidade de nos defrontar ou ainda desafiar a ouvir e guardar em nossos corações ensinamentos tão preciosos e vitais, que, só eles (ensinamentos), poderão nos livrar da discórdia, da guerra, da treva e do esquecimento final, que, se vivido numa condenação eterna, nos levará a algo que não gostaríamos de experimentar - nos banharmos e beber das águas do rio Lethe, e viver uma Noite eterna em ambiente de discórdia e guerra (Éris).
Isso tudo considerando, verifica-se que, nesse caminhar de verdade e de vida, não só é imprescindível aprender a aprender a discernir entre "a luz e a treva", como ainda aprender a aprender a distinguir entre "as águas de cima", a matéria prima celestial - a Palavra -, e "as águas de baixo", todo o ensinamento religioso, que está calcado no sistema sacrificial, geopolítico, inspirado pelo Adversário. Tudo depende de lembrarmos e de saber ver o passado. "AQUELES QUE NÃO CONHECEM SEU PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO (Santayana)". Saibamos viver cada Shabat Shalom, um momento de Criação, revivendo o passado e aprendendo com ele, para não repetirmos eventuais erros já cometidos por nós ou por nossos antepassados. Enos.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

" E PARTIU SEM SABER AONDE IA " (Hebr. 11:8)


Isto é fé sem vista. Quando podemos ver não agimos por fé, mas por raciocínio. Atravessando o Atlântico, certa vez, pude observar exatamente este princípio de fé. Não víamos trilho sobre o ar, nem sinal de praia. E contudo, a cada dia, estávamos marcando o nosso caminho no mapa, com tal exatidão como se estivéssemos deixando um longo traço de giz sobre o mar. E quando estávamos a uns 20 km da costa, sabíamos onde estávamos com tanta certeza como se a tivéssemos avistado desde o ponto de partida que ficava 3.000 km dali.
Como havíamos calculado e marcado o nosso curso ? Todos os dias o capitão tomava seus instrumentos e, olhando para o céu, orientava a rota pelo sol. Estava navegando de acordo com as luzes celestes, e não terrestres.
Assim, a fé olha para cima e navega pelo grande sol de DEUS, não por uma praia que vê no horizonte, nem por um farol, nem por um trilho que marque o caminho. Muitas vezes a rota parece nos levar a uma completa incerteza ou até mesmo a trevas e desastre; mas Ele vai à frente, e muitas vezes faz dessas horas escuras as próprias portas do dia. Avancemos hoje, sem saber, mas confiando.

Days of Heaven upon Earth

Muitos de nós queremos ver o fim do caminho antes de nos lançarmos na nova empresa. Se o pudéssemos ver, e víssemos, como iríamos desenvolver as nossas graças cristãs ? A fé, a esperança e o amor não são colhidos de árvores, como as maçãs. Temos que dar o 1º passo; e o 1º passo é a chave que libera a corrente do poder de DEUS. E não é verdade somente que DEUS ajuda a quem se ajuda, mas também que Ele ajuda aqueles que não podem ajudar-se. Podemos depender Dele o tempo todo.
Esperar em DEUS leva-nos ao fim da nossa jornada muito mais depressa do que os nossos pés.
A oportunidade muitas vezes é perdida pelo muito calcular.

(Lettie Cowman)

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - V "


Continuando as nossas conversas matinais. Recapitulemos o que esse texto de Deuteronômio (32:7-9) já nos ensinou, ou seja: aqui "o lembrar-se" (zachar), "o ver o passado" (zeman) nos convidam a olhar para a antiguidade (holam) e contemplar as gerações (dor); nesse contexto de antiguidade ("tanto desde o passado longínquo quanto o futuro distante" e o "princípio do mundo") e gerações ("o ciclo da vida de alguém, desde o nascimento até a morte" e "uma era ou período de tempo") é que devemos posicionar as mensagens das 4 palavras (desejar - adversário - clareza - problema) e de seu significado mais oculto (lembrar-se, ver o passado), não só no aspecto individual, pessoal, mas expandindo-o para a comunidade, para as nações e os povos. Ou melhor, é uma necessidade básica do caminhar do homem e das nações no universo, através dos tempos e estações.
Contudo, o texto bíblico ainda acrescenta um outro termo - o verbo "atenta" -, de suma importância, pois o atentar advém em hebraico de byn, que é uma raiz primitiva (dela se origina bynah, o entendimento, uma das emanações que procedem do Trono de DEUS) e que significa "separar mentalmente ou distinguir", e está ligado a outro termo básico - badal -, que é usado pelo ESPÍRITO SANTO no 1º capítulo do Gênesis e traduzido pela palavra em português - "separação" -, que se deve fazer tanto da luz e da treva como das águas de cima e das águas de baixo.
Há aqui algo vital, fundamental, primordial, medular, pois este distinguir (separar mentalmente), tanto a luz da treva, como as águas de cima das águas de baixo, envolve dois dos problemas mais básicos do caminhar humano. O 1º problema, "luz e treva", é essencial, pois uma confusão nessa área pode ser fatal, senão vejamos: se a "luz" que julgarmos ter para o nosso caminhar for "treva", as Sagradas Escrituras, em Mateus 6:23, nos advertem "Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão", ou seja, o caminho que estivermos trilhando e que julgamos correto, poderá estar nos levando direto ao abismo. E o 2º problema, "águas de cima e águas de baixo", diz respeito à matéria prima primordial, indiferenciada, na qual estamos sendo mergulhados (batizados), envolvidos, constituídos, através do nosso caminhar de vida, religioso ou não, pois a água nos remete diretamente ao batismo (e por imersão), e a Palavra adverte que há "águas de cima e águas de baixo", as quais precisamos distinguir, porque farão parte da nossa constituição como seres humanos. "As de cima" fazem referência aos céus, shamaym em hebraico (Gen. 1:1), à Palavra viva de DEUS (que é o que estamos procurando usar aqui), e atuam quando deixamos que Ela nos molde progressivamente, e "as de baixo" nos remetem à religiosidade humana, a todo o sistema sacrificial humano, ao sagrado violento (nasceram com um assassinato fundador), à toda a cultura humana desde Caim e Abel (Caim foi fundador de cidades), que desde sempre e até hoje dominam as várias religiões e a geopolítica, suas igrejas e denominações, suas formas de governo, seus povos e nações.
Num contexto paralelo e complementar, vejamos a origem do rio Lethe (rio do Inferno) na mitologia. Nos diz a mitologia grega que ele é filho de Éris, a discórdia (que por sua vez é filha da Noite ou Nix), e mãe de todos os males: a dor, a fome, e lutava sempre ao lado de Ares (o deus da guerra) e Enio (a guerreira, mensageira de Hades). Já Noite ou Nix, é filha do Caos e personificava a Treva.
Quantas verdades maravilhosas e vitais, é muita claridade. Vamos tentar decodificá-las com a ajuda do ESPÍRITO SANTO. Essas 4 palavras e seu contexto oculto tanto do - lembrar-se - como o do - ver o passado -, seja através da nossa vida como da vida dos povos (quem não conhece a sua história está condenado a repeti-la, diz o filósofo Santayana), é que pode, através do aprendizado sobre "o distinguir" ou "o aprender a separar mentalmente" tanto "luz e treva",  como "águas de cima e águas de baixo", livrar-nos da "discórdia e/ou da guerra", não só entre nós seres humanos (homem e mulher, irmão e irmão) como entre os povos e nações. Pois Éris, a discórdia, a guerra, é filha da Noite ou Nix, cujo contexto é a própria Treva. Daí porque os dois primeiros dias da Criação tragam ensinamentos vitais, ou melhor, aquilo que o Criador no Gênesis ou Bereshit disse, é um tremendo alerta (por isso as Palavras "lembra-te" e "atenta"), isto é, é imperiosa a necessidade de saber distinguir entre a Luz e a Treva (a Noite, Éris e o Lethe), as "Águas de cima e as Águas de baixo" (a Palavra e/ou a Religião, o Sagrado), pois da sua confusão nasce a discórdia e a guerra, com suas consequências malignas: a dor e a fome. É dentro desse contexto que podemos entender porque o Criador colocou um firmamento ou uma expansão entre tais "Águas", cujo termo em hebraico é raqyah, ou seja, uma área ampla a separá-las (um tipo de paralelo "38", cuja leitura pela metamatemática seria interessante), e cuja transposição só pode ser feita por quem tem "olhos para ver e ouvidos para ouvir", como nos ensinam as Sagradas Escrituras, caso contrário, a Treva nos envolverá na discórdia e na guerra, com dor e com fome, para nos mergulhar para sempre no esquecimento.
Em assim sendo, neste texto básico, o ESPÍRITO SANTO aproxima estas duas palavras: lembrar-se (zachar) e separar mentalmente/distinguir (byn), que são primordiais e medulares, para juntas serem nosso referencial no caminhar diário, a fim de ficarmos livres do esquecimento, da discórdia, da guerra e da treva, da dor e da fome, e para sabermos distinguir entre o caminhar da Palavra e o caminhar simplesmente religioso (Sagrado), e isso - sobretudo -  para aprendermos a lidar com o nosso desejo, a fim de que não seja nosso adversário ou usado pelo próprio Adversário contra nós, e sabermos nos beneficiar dessa Luz, dessa claridade, escapando então dos vários problemas e constrangimentos malignos, e  podendo trilhar o caminho que conduz à salvação - lembrando-nos da Palavra, aprendendo a separar mentalmente com o ESPÍRITO SANTO, e seguindo assim Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida... Um bom dia, com a memória sempre em dia, Enos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

" ASSIM SOIS VÓS NA MINHA MÃO " (Jer. 18:6)


Ole Bull que, em seus dias, era o violinista mais famoso do mundo, gostava muito de fazer caminhadas. Conta-se que, certa ocasião, ele se perdeu em uma floresta muito densa. Na escuridão da noite, foi dar em uma choupana onde morava um velho eremita. Este o acolheu, serviu-lhe um alimento e o agasalhou. Após o jantar, os dois se sentaram em frente à lareira. Então o ermitão pegou uma velha rabeca, já muito desgastada, e se pôs a tocá-la, extraindo algumas notas toscas e estridentes. A certa altura, Ole Bull lhe disse:
- 'Acha que eu poderia tocar um pouco ?'
- 'Creio que não vai conseguir, respondeu o homem. Levei muitos anos para aprender."
E Ole replicou:
- 'Deixe-me tentar.'
Em seguida, ele pegou o "maltratado" instrumento, ajeitou-o ao ombro e começou a deslizar o arco sobre as cordas. Imediatamente a choupana do eremita se encheu de uma música divinal. Diz a história que o velho chorava como uma criança.
Nós somos como esse instrumento velho e batido. As cordas de nossa vida estão rebentadas; o arco, entortado. Entretanto, se permitirmos que DEUS nos pegue e nos toque, Ele produzirá, com esse instrumento velho, quebrado, batido, amassado e marcado, uma música digna dos ouvidos dos anjos.

(Lettie Cowman)

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - IV "


Nesta manhã, o dia ainda nascendo, espreguiçando-se, vamos deixar que o Vento - que não sabemos de onde vem nem para onde vai - nos conduza no prosseguimento de nossas meditações.
Neste trecho bíblico que o ESPÍRITO SANTO trouxe a exame (Deut. 32:7-9), estamos diante  de um vocativo, de um chamamento "Lembra-te", cujo termo no original hebraico é zachor/zachar, palavra já nossa conhecida, que muitas vezes nessa língua é contrastada com o sentido de "esquecer-se" (como vimos no grego), e também implica muitas vezes o próprio "arrependimento", por isso o chamamento, o ensejo de  uma  nova oportunidade de 'reexame de consciência', uma parada na corrida frenética em busca de nada. Este chamamento à lembrança dá como primeiro indicativo a antiguidade, holam em hebraico, algo que envolve um contexto por demais forte e abrangente, ou seja: "desde os tempos mais longínquos até os tempos mais distantes", e, ainda, o "princípio do mundo", portanto, algo básico e intrínseco ao homem, e homem em queda, mas ainda o macho da espécie, daí a enorme implicação das 4 palavras em exame e do seu significado mais profundo, pois vai envolver o próprio conhecimento em si e sua árvore bipolar. Em assim sendo, o "esquecimento" é o primeiro estágio perigoso, que seguido do "sono" (quando outro chamamento bíblico novamente adverte: "Desperta tu que dormes..."), pode levar - ao final - à própria "morte", que acabará sendo eterna. Por outro lado, a palavra usada para geração no hebraico é dor, que amplia ainda mais esse contexto, pois vai não só dizer que o chamamento refere-se ao "ciclo de vida de alguém - do nascimento à morte", como ainda aponta para "um período ou era de tempo", exatamente o que veremos em seguida, e que traz uma configuração de alerta para todos os povos, nações e comunidades do planeta, algo que extrapola o aspecto religioso e passa a ser histórico, antropológico e etnológico, geopolítico, e mesmo cósmico.
Por conseguinte, esse não é um chamamento apenas pessoal, individual, mas envolve a coletividade, a comunidade, as nações e os povos, daí porque faz alusão à "herança das nações", isto é, ao tempo histórico quando sua herança foi distribuída por DEUS e os filhos dos homens foram separados uns dos outros, ou seja, em Babel. Estamos aqui diante de um momento em que a lenda judaica nos diz que - foi nessa época que a Lei Divina (as 10 Palavras) foi oferecida às 70 nações básicas existentes no planeta terra, e apenas uma - os Hebreus - a aceitaram; pois o propósito de DEUS foi sempre aquele dado a Abrahão: "em ti serão benditas todas as nações da terra". Daí advindo a constante contextualização de todos os principais acontecimentos da história, a envolver sempre os representantes desses 70 povos ou nações, ou seja: começando em Babel, segue-se no Sinai, quando a Lei foi transmitida em 70 línguas diferentes (ouvidas pelos povos quando Moisés falava) a representantes desses 70 povos ou nações ali presentes, e conclui-se em Shavuot ou o nosso conhecido Pentecostes, quando os discípulos de JESUS falaram e os representantes desses 70 povos ou nações os ouviram em seus próprios idiomas, homens que estavam ali presentes. Ou melhor, não haverá desculpa  alguma para nenhum povo ou nação, alegando ter desconhecimento dos principais fatos ocorridos na história da humanidade, e suas implicações, pois o que vem ocorrendo não é o "desconhecimento" mas "a falta de lembrança", o perigoso esquecimento. Daí a verdade estar ligada ao "lembrar-se", missão que foi conferida ao "macho da espécie", o homem, mas o homem na sua plenitude masculina.
Este é um problema tão sério que o filósofo George Santayana (1863-1952) plasmou uma frase que ficou famosa e eterna: "AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM LEMBRAR O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO". Dizia ele que, para que o progresso fosse possível, há necessidade de não apenas lembrar das experiências passadas, mas sermos ainda capazes de aprender com elas, ou melhor,  nosso psiquismo estrutura os novos pensamentos por meio das experiências, e é assim que evitamos a repetição dos erros. Conclui ainda ele, que a civilização é cumulativa, sempre se fundamentando a partir do que aconteceu antes, da mesma forma que uma sinfonia se desenvolve nota por nota até formar um todo.
Isso tudo considerando, e voltando ao texto bíblico, verificamos que ele afirma que DEUS fixou os limites dos povos (geográficos e de comportamento), limites que não poderão ser ultrapassados, algo muito forte e vital, que, por decorrência, passa a dizer respeito também para as nossas vidas, ou seja, há limites que não poderemos transpor sem que as consequências sejam aquelas que não gostaríamos jamais de viver e experimentar, e esta é uma lei cósmica, universal e intemporal.
Portanto, terminemos esta meditação matinal com a sugestão Divina: "Porque a porção do Senhor é o seu povo". Lembrete (zachar) importantíssimo, ou melhor, a colocação ou o referencial de que há necessidade vital de pertencermos a esse povo, o povo que é ensinado a lembrar-se, para não cairmos no esquecimento, cairmos no sono e despencarmos na morte eterna, quando o esquecimento será total, nas águas do rio Lethe. Um bom dia, com a memória em dia, Enos.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - III "


Depois de duas conversas muito especiais e diferentes, em um nível de leitura mais profundo, recapitulemos. Estamos diante de 4 palavras muito diferentes:
- ratsah - "querer ou desejar"
- hatsar - "adversário"
- tsohar - "claridade, clareza ou esclarecimento"
- tsarah - "problema ou constrangimento"
Contudo essas palavras, aparentemente estranhas umas às outras, compõe um quadro referencial de vida, que já expusemos: o "querer ou desejar" que nos é natural e normal, pode vir a ser um adversário, ou até usado pelo próprio Adversário, levando-nos em direções diferentes daquelas que, no fundo, gostaríamos de trilhar, pois o seu fim será triste e amargo; assim, precisamos de luz para o caminhar, de clareza para dar cada passo, de esclarecimento em cada momento complexo, e caso não tenhamos essa ajuda, o perigo de nos envolvermos em "problemas" sérios, que provocarão desagradáveis "constrangimentos", não só a vergonha sofrida mas a violência que normalmente estará envolvida, serão enormes e cruéis, pois chegados ao destino momentâneo ou final, o que encontrarmos terá que ser sofrido, as consequências não poderão ser afastadas ou amenizadas, elas simplesmente ocorrerão.
Agora vejamos, não bastasse toda essa sabedoria a brotar das entranhas dessas palavras, por trás delas, das 4 palavras, numa leitura misteriosa (no nível sod), sabedores de que estamos lidando com uma "Língua Sagrada" (Lashon HaKodesh), e fazendo a decodificação numérica dos valores dessas 3 letras H (5) - TS (90) - R (200), chegamos ao número 295, que reduzido nos leva ao número 7, que além de expressar a Lei de Evolução ou a Lei Setenária e uma completude, corresponde à letra - zain do alfabeto hebraico. Ora, essa letra - zain - tem como sua 1ª significação (algo que já vimos) as palavras zachor/zachar, que não só significam "o macho da espécie humana" como configuram a importância vital de "lembrar-se". Assim, essa sequência de sinalizações compõe um ensinamento existencial do qual não podemos nos esquecer, pois o esquecimento - lethe (em grego), nos será desastroso, nos levará um dia a ter que confrontar o terrível rio do inferno chamado Lethe, que nos mergulhará no esquecimento eterno. Por isso ser tão importante, DEUS criou estas 4 palavras dentro desse contexto especial do - lembrar-se - para servirem de alerta e referenciais ao lado do caminho que temos de trilhar, e que envolve "o querer ou o desejar" a cada instante. 
Dentro desse contexto, examinemos um texto das Sagradas Escrituras, que o Espírito está nos apontando e que evidenciará algo um pouco diferente da interpretação normal, literal, quando lido tendo esses referenciais à vista, e fazendo uma metabase, vejamos Deut. 32: 7-9:
7 - "Lembra-te dos dias da antiguidade,
      atenta para os anos de gerações e gerações;
      pergunta a teu pai, e ele te informará,
      aos teus anciãos, e eles te dirão.
8 - Quando o Altíssimo distribuía as heranças das nações,
      quando separava os filhos dos homens uns dos outros, 
      fixou os limites dos povos, 
      segundo o número dos filhos de Israel.
9 - Porque a porção do Senhor é seu povo;
      Jacob é a parte da sua herança."
Está aqui um texto das Sagradas Escrituras que guarda segredos profundos, inclusive geopolíticos, alguns ainda mantidos em oculto, e que só podem ser revelados à luz do Espírito e com a ajuda dessas 4 palavras, e do contexto mais oculto que elas encerram, da sua leitura através da Metamatemática. 
Assim, a palavra zain, num 2º momento de significações, vai nos dizer:
- "Zachor Ymot Holam"
- ou seja: "Lembra-te dos dias do Universo que já passaram."
Ora, apoiando-nos na 1ª significação já em aberto, verificamos que ela nos diz que zain está ligado a zeman, ou melhor, a "esse homem que pode ver o passado". Então, o contexto dessas 4 palavras e de seu significado mais profundo, abrem uma cortina por trás do véu - em que podemos apreciar verdades milenares escondidas nas areia do tempo de um deserto de dunas movediças, aonde só poderemos adentrar com a ajuda do Espírito. Assim, quando o ESPÍRITO SANTO nos permitir, abriremos o véu, por hoje é só, e que DEUS nos abençoe a todos. Enos.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - II "


Bom dia, continuemos nossa conversa de ontem. Quando lemos nos sábios judaicos que DEUS fez o universo através das letras, com as quais ia formando palavras, observando seus valores numéricos, como Pitágoras já havia demonstrado alguns séculos antes de JESUS vir ao mundo, pois a cada letra corresponde um número, formando letras e números uma combinação maravilhosa, e, ainda mais, ao reunir as letras e os números, ensejava a que sons fossem se formando, compondo aquilo que os antigos conheciam como "a música das estrelas". É dessa forma plena que podemos entender melhor o 1º livro da Bíblia - o Gênesis ou Bereshit (em hebraico) -, pois ali descobrimos que DEUS fez tudo falando ("DEUS disse"), momento em que harmonizava letras e seus números, e com eles compondo sons - "a música da Criação".
Nesse exemplo em questão, em que apenas 3 letras H + TS + R podem compor 4 palavras, podemos verificar que, de apenas e tão somente 3 letras do alfabeto (no nosso caso em exame), ao serem essas letras  transmutadas, ou melhor, mudadas de posição, podem surgir 4 palavras tão diferentes, mas cujo significado é "casado", é complementar, umas vão sinalizando as outras, e elas em conjunto ensejam um percurso de leituras existenciais maravilhoso, pois delas brotam ensinamentos práticos para a vida de cada dia. Essa é a línguagem de DEUS, que compõe todos os livros das Sagradas Escrituras - a Bíblia. Demonstrando a sua inspiração sobrenatural, pois procede através do ESPÍRITO SANTO da própria "boca" de DEUS, daí porque JESUS é a Palavra.
Dessa forma, a Bíblia não é um livro comum, um livro como os outros, e que pode ser analisado numa sala de literatura à semelhança dos demais, como se faz com um cadáver humano em uma aula de medicina, pois ela nasceu através do próprio processo de Criação e obedece às leis que engendraram a própria linguagem, o falar humano, que não veio de uma evolução animal, como erroneamente pensam os céticos.
Em assim sendo, como já sinalizamos ontem, vamos agora nos utilizar dos números que estão ligados a essas letras, relembrando que eles compõem a seguinte fórmula: H (hei em hebraico) = 5, TS (tsadi em hebraico) = 90, R (resh em hebraico) = 200, cuja transcrição seria 5 + 90 + 200 = 295, número esse que ainda pode ser decomposto em 5+9+2= 16, que também pode ser reduzido a 1+6=7, e assim chegamos a um número final que representa o significado básico que está por trás dessas palavras e que diz respeito a esse número 7 (sete), que vai nos sinalizar uma outra letra do alfabeto hebraico o - zain. Então, qualquer que seja a ordem das letras, qualquer que seja a palavra formada, há uma significação ainda mais básica que está por trás delas, que a letra - zain, ou o 7, apontam, senão vejamos:
- a primeira significação que podemos extrair é que zain (7) é masculino, está ligado à palavra zachor, que significa "o macho da espécie humana", termo que sinaliza o papel de Hadam (Adão) na Criação, e que também está ligado basicamente a uma 2ª palavra irmã - zachar, que significa "lembrar-se", pois o principal papel do homem (o macho) é lembrar-se, razão pela qual a palavra em grego para verdade é aletheia, configurando o fato de que - essa verdade é não se esquecer -, pois lethe em grego significa "o esquecimento", que remete a um dos rios do inferno que é chamado de Lethe.
Em assim sendo, essa 1ª significação explica que estas 4 palavras: ratsah  (querer ou desejar), hatsar (adversário), tsohar (clareza ou esclarecimento) e tsarah (problema ou constrangimento) não podem e não devem ser esquecidas pois se constituem juntas num ensinamento vital para o nosso caminhar, cujo esquecimento irá um dia - no futuro - nos confrontar com esse terrível rio do inferno, esquecimento esse ou sono de morte, que será o nosso existir como condenados por não lembrar dos avisos, dos alertas que encontramos pelo caminho e desprezamos, razão pela qual as festas judaicas eram ocasiões para se relembrar do que DEUS havia feito pelo povo, para eles não se esquecerem que DEUS os amava e os havia resgatado da escravidão no Egito. Ainda dentro do universo dessa 1ª configuração, podemos verificar que dela emanam outras palavras muito significativas, ou seja: zaqan, a esse homem pertence "uma barba", zaqain, esse homem é "velho" (ou seja vivido), zeman, esse homem pode "ver o passado", e zachaer, esse homem "pode lembrar-se de tudo". Louvado seja DEUS! Baruch HASHEM. Kavod LASHEM.
Esse é o motivo de lermos as Sagradas Escrituras todas as noites e dias, para não esquecermos o ensino Divino, as Palavras que sinalizam o Caminho, a Verdade e a Vida, prática essa que nos livrará de um dia ter que ver "ao vivo e sem cores" o próprio rio Lethe. Enos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - I "


Hoje, inspirando-nos no livro do Rabino Laibl Wolf - "Cabalá Prática" -, vamos fazer uma experiência muito interessante e abençoada. Ele nos diz que "Cada letra da linguagem Hebraica é uma janela que se abre para uma realidade superior. As letras constituem uma linguagem conhecida como - LASHOM HAKODESH - ou "a Língua Sagrada", o Hebraico. É por isso que a Cabalá enfatiza, sobremaneira, a análise das letras e das palavras, a sua equivalência e valor numérico, formas e as letras finais das palavras. Cada nuance abre um panorama de significado espiritual, muito mais complexo do que qualquer estrutura gramatical possa vir a sugerir."
Seguindo sua sugestão, demos mais um passo e "Vejamos um exercício bastante simples. A palavra, em hebraico que designa "querer" ou "desejar" - é ratsah -, sendo composta por 3 consoantes do alfabeto hebraico, que têm o som de R - TS - H. Estas mesmas 3 consoantes formam, também, a base das seguintes palavras:
- hatsar - H + TS + R - que significa "adversário"
- tsohar - TS + H + R - que significa "claridade", "clareza" ou "esclarecimento"
- tsarah - TS + R + H - que significa "problema" ou "constrangimento"
que, se somarmos com a palavra inicial, temos:
- ratsah - R + TS + H - que significa "querer" ou "desejar"
Isso feito, desdobrada cada palavra, podemos começar a mudar o nível da nossa conversa, fazendo uma metabase (subindo um degrau) e passar a fazer uma leitura mais importante e significativa, senão vejamos:
- O "querer ou desejar" pode vir a ser um "adversário" em nossa caminhada, pois sabemos milenarmente que o desejo é a fonte ou a inspiração de tudo que fazemos, sendo portanto a alavanca que nos move. Em assim sendo, a Palavra vai nos orientar no seguinte sentido: a fim de que o desejo não nos leve em uma direção que possa vir a ser perigosa ou destruidora; vamos precisar de "claridade ou clareza" sobre o assunto ou sobre os passos a serem dados, ou melhor ainda, de um "esclarecimento" que torne cada decisão segura e impeça de darmos um passo em falso, ou andarmos às tontas no escuro. Então vejamos: caso não tenhamos esse cuidado de buscar "clareza" ou "esclarecimento", corremos sério risco de nos envolvermos em "problemas" e passarmos por amargos "constrangimentos", não só a vergonha em si, mas pode também envolver a violência. Ou seja, a combinação dessas letras sagradas possibilita toda a orientação necessária para o nosso caminhar na vida, para que esse caminhar seja vitorioso, e não nos leve a um final por demais infeliz.
Essa é a linguagem sagrada, ela nos diz muito mais que imaginamos estar contido em cada palavra ou letra, pois ela emana do Trono de DEUS, advém em forma de sabedoria (chochmah), como um caminho de verdades para a nossa vida, daí JESUS ser a Palavra por excelência e se configurar como o CAMINHO e a VERDADE e a VIDA.
Esse é apenas um primeiro passo na decodificação dessas palavras acima, pois se recorrermos à Gematria ou Metamatemática, o conhecimento vai-se abrindo e enriquecendo, ou melhor:
- a letra R tem valor numérico 200
- a letra TS tem valor numérico 90
- a letra H tem valor numérico 5
se somarmos as três letras, teremos: 200 + 90 + 5 = 295, ou reduzindo 2+9+5=16, ou ainda 1+6=7, que se refere à letra zain.

Hoje, vamos parar por aqui, quando o ESPÍRITO SANTO nos permitir, continuaremos, e vamos descobrir segredos e mais segredos que estão escondidos nessa maravilhosa combinação dessas 3 letras ora examinadas, e o que cada palavra dessas esconde em suas entranhas. Até a próxima conversa, uma boa tarde, Enos.

domingo, 19 de agosto de 2012

" SUA PAZ INTERIOR DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DE VOCÊ "


Conta a lenda que um velho sábio, tido como um mestre da paciência, era capaz de derrotar qualquer adversário. Certa tarde, um homem conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu com a intenção de desafiar o mestre da paciência. O velho aceitou o desafio e o homem começou a insultá-lo. Chegou a jogar algumas pedras em sua direção, cuspiu no sábio e gritou-lhe todos os tipos de insultos. Durante horas, fez de tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.
No final da tarde, já exausto e humilhado, o homem se deu por vencido e retirou-se. Impressionados, os alunos quiseram saber como o mestre pudera suportar tanta indignidade. O mestre perguntou:
- 'Se alguém vem até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente ?'
- 'A quem tentou entregá-lo' - respondeu um dos discípulos.
- 'Exatamente. O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando eles não são aceitos, continuam pertencendo a quem os trazia consigo. Sua paz interior depende exclusivamente de você. As pessoas não lhe podem tirar a calma. Só se você permitir."
As relações da vida muitas vezes se tornam tensas, e inevitavelmente os nervos ficam à flor da pele, fazendo com que as pessoas percam o controle. Em momentos assim, a paciência e a calma, e, sobretudo, o não revidar, são de extrema importância para minimizar os efeitos das provocações e acusações.

(Alexandre Rangel)

Aí está a razão pela qual quando JESUS foi agredido e acusado, não revidou, silenciou - "como a ovelha muda perante os seus tosquiadores" -, ou seja, não aceitou o mal que lhe queriam causar, mantendo esse mal na mão e no coração dos próprios malfeitores, vindo daí o pedido que fez ao PAI: "perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...". Isto é, o maior mal que estavam causando era a si mesmos.

sábado, 18 de agosto de 2012

" UMA HISTÓRIA DE AMOR "


Considere o paralelo entre a história de Criação e a sua própria vida hoje, no mundo moderno. No começo, há apenas você. Para amar, você precisa sair do centro e criar um espaço para um outro. O amor só começa quando isso é feito - você "sai do caminho" para dar espaço a outra pessoa em sua vida.
Em outras palavras, se você é egocêntrico, não está pronto para o amor. Se é egocêntrico, não consegue criar espaço suficiente para cuidar de outra pessoa. O amor verdadeiro não é somente criar esse espaço em sua vida para outra pessoa, mas também respeitá-lo e mantê-lo. É fazer parte e, ao mesmo tempo, manter-se afastado da vida de alguém.
E uma vez que você consiga se retirar do centro e criar um espaço para outra pessoa, precisa desenvolver uma sensibilidade apurada para perceber como o seu  parceiro é especialmente diferente - como é outro. Quando nos apaixonamos por alguém, temos a tendência de notar o que temos em comum e de ignorar as diferenças; é isso que a expressão "o amor é cego" significa. No entanto, o amor verdadeiro não é cego. Ele enxerga - enxerga as diferenças, as diversidades, o bom e o ruim. Sentir um amor verdadeiro é enxergar e, mesmo assim, amar.
Em hebraico o verbo "ver" tem ligação direta com o verbo "respirar"; ou seja, enxergar com os olhos do amor verdadeiro significa ver, aceitar e respeitar aqueles que amamos como realmente são, sem que projetemos neles nossos sonhos e nossas fantasias. Tudo isso é muito difícil, porque quase sempre tentamos "encaixar" aqueles que amamos em nossas visões do que é o amor. E, se não se "encaixam direito", tentamos modificá-los.
Mas, se conseguirmos ver não somente o que temos em comum com aqueles que amamos, como também o que nos diferencia, e se apreciamos e honramos essas diferenças, então podemos dar o próximo passo: a doação de nós mesmos aos nossos companheiros. Simultaneamente, devemos permitir que eles façam o mesmo. Assim, permitiremos que criem para nós um espaço na vida deles, que reconheçam e respeitem a nossa diversidade e que se deem a nós.
É como abraçar. Para abraçar alguém, você cria um espaço com os braços para incluir quem abraça. Mas, é claro, isso deve ser feito de modo que a outra pessoa também possa abrir os braços para incluir você. Se o "dar" e o "receber" não acontecem simultaneamente, o relacionamento não funciona. Não é amor, é outra coisa; e essa "outra coisa" só cria desentendimento e infelicidade, e, eventualmente, o relacionamento termina.
Amar é dar-se à outra pessoa - assim nos diz a história cabalística. A Criação do Mundo foi um ato de amor. O rompimento dos recipientes representa a nossa incapacidade de receber a luz do amor de modo independente. E o conserto dos recipientes é o desafiante processo de reconstrução de nós mesmos por meio de relacionamentos,  para que juntos, possamos receber a Luz Infinita do amor, o presente de Hashem.
Agora encontramos a resposta da grande pergunta. Qual é o propósito da vida ? É o amor. A essência da vida - o desígnio da vida - é o amor. Qual é a energia que move o mundo ? O que nos guia e nos faz prosseguir na vida ?  A resposta é o AMOR.

(Rabino David Aaron - "Luz Infinita")

Por isso DEUS é amor, e os 2 maiores mandamentos são: Amar a DEUS sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Ou melhor ainda, cumprir toda a Lei é aprender a amar e amar de todo o coração. Quem ama de verdade semeia para a vida eterna.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

" AMOR E CRIAÇÃO "


É impossível amar sem que se tenha um forte senso de individualidade. Só assim não tememos "sair do centro" e dar espaço para um outro. Os egocêntricos não conseguem amar porque estão sempre muito preocupados consigo mesmos, e investem tempo e energia tentando compensar o vazio que sentem por dentro. Apenas as pessoas bem-resolvidas e que têm um forte senso de individualidade podem dar espaço ao outro sem ter medo de se tornarem vazias. 
Para conseguir tudo isso, precisamos conhecer nossos filhos, criar o tipo de espaço adequado a cada um, e nos dar de maneira especial. (Para amar um filho, é necessário conhecê-lo, assim como é necessário conhecer um companheiro para poder amá-lo.). O Livro dos Provérbios traz: "Eduque a criança de acordo com o jeito dela.". Esse ensinamento também está na Torá. Jacob entendia profundamente as características particulares de cada um dos seus 12 filhos, e os abençoou conforme essas características, ajudando-os, assim, a conhecerem a si mesmos. Hoje, as bênçãos de Jacob nos surpreendem pelas palavras repreensivas. No entanto, quando os pais ajudam um filho a descobrir suas qualidades especiais assim como suas fraquezas, eles lhe concedem uma verdadeira bênção de crescimento.
Por exemplo, Jacob disse a seu filho Rubem que sua natureza impetuosa, apressada como as águas, tornava-o imprudente, e por isso ele não era adequado para assumir uma posição de liderança. Judá foi elogiado por sua coragem e força, e recebeu a bênção de ter reis dentre seus descendentes. Simão e Levi foram alertados sobre seus temperamentos fortes e foram abençoados a se separarem,  para que não se tornassem uma força unificada de destruição. Zebulun ouviu de Jacob que tinha aptidão para o comércio e foi abençoado a ter uma casa perto do mar, onde ele e seus descendentes poderiam transportar suas mercadorias, para o bem de Israel. E assim foi com todos os filhos de Jacob. 
Jacob proferiu essas sábias bênçãos quando já era um homem muito velho, em seu leito de morte. 

(Rabino David Aaron - "Luz Infinita")

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

" UM SALTO DE ESCOLHA "


Há um costume judaico muito interessante, que reconhece o papel da escolha em um casamento. Antes da cerimônia, o noivo vai onde a noiva o está esperando e cobre o rosto dela com um véu. Então ele sai e vai esperá-la debaixo da chupah (pronuncia-se "rupá"), tenda sob a qual o casamento judaico é oficiado. A tradição judaica explica que, assim, o noivo pode ter certeza de que aquela é a noiva "certa". Por que ? Porque Jacob foi vítima de uma mudança de última hora, feita por seu futuro sogro, o qual substituiu Rachel, a quem Jacob amava, por Lea, a mais velha das irmãs. Jacob descobriu a farsa depois de ter consumado o casamento com Lea, no escuro. No entanto, apesar de não estar feliz por ter sido enganado, Jacob decidiu aceitar seu destino, e tempos depois casou-se também com Rachel, a noiva de sua escolha.
Mas se os noivos de hoje estivessem de fato verificando se vão se casar com a noiva certa, deveriam retirar o véu e acompanhá-la pessoalmente à chupah, sem nunca tirar os olhos dela, não é ? Então, deve haver algo por trás desse costume. E, de fato, a Cabalá nos ajuda a entender o verdadeiro segredo desse ritual.
A Cabalá ensina que Lea representa o destino - ela é a mulher com quem Jacob acabou se casando -, e Rachel, a escolha - ela é a mulher com quem Jacob escolheu se casar. A verdade é que, embora você pense estar se casando apenas com "Rachel", a pessoa de sua escolha, vai descobrir depois que também acabou ficando com "Lea" - o lado de sua companheira que você não conhecia. Sempre há um "elemento surpresa". E "esse lado" pode ser exatamente do que você precisa. Lea não era a noiva que Jacob escolheu, mas foi, na verdade, uma grande fonte de bênçãos, e, no final, foi ela a esposa enterrada ao lado de Jacob.

(Rabino David Aaron - "Luz Infinita")

E o mais extraordinário desse fato, dessa "não escolha", dessa prova, a exemplo das provações que também não escolhemos, é que Lea é a mulher que - através de seu filho Judah - vai trazer ao mundo nada menos do que o Filho do Homem - JESUS CRISTO -; nos sinalizando que o resgate da imagem e da semelhança com JESUS - passa por Lea, pelas provas e tribulações. Louvado seja DEUS!

" CRESCIMENTO PESSOAL "


O Zohar, obra fundamental da Cabalá, ensina que há uma criança e um velho e tolo em cada um de nós. Para entender isso, considere a diferença entre os dois.
Em hebraico, a palavra criança vem da palavra que significa "agitar", o que é muito adequado, já que as crianças estão sempre "agitadas", se mexendo e crescendo. Elas adoram desafios: "Por que comer espaguete com o garfo se eu posso chupar como um canudinho ?" As crianças adoram aventura. "Onde você estava /", você pode perguntar a seu filho quando ele chega em casa muito depois do horário de término das aulas.
- 'Eu estava vindo para casa', ele diz.
- 'Mas nós moramos a 5 minutos da escola. Por que é que você levou 1 hora ?'
- 'Bom, eu vim bem devagar porque o Billy queria brincar de não pisar em nenhuma fenda no chão, daí a gente ficou olhando os homens na construção e, então, a gente contou quantas pessoas na rua usam óculos, e daí a gente resolveu brincar de cabra-cega. Só isso.'
O entusiasmo das crianças não está apenas em chegar ao destino, mas, sim, em como chegar até lá. Compare isso com um rei velho e tolo. Ele acha que já chegou. Onde precisa ir se já é rei ? Ele prefere sentar-se em seu trono a ter que caminhar pelo desconhecido; não seria uma aventura - seria um risco. Ele poderia perder o reinado.
Desse modo, há uma parte em todos nós que adora crescer, adora um desafio - uma aventura, uma jornada. E também há uma parte em nós que teme correr riscos, que evita desafios, que resiste ao crescimento. Mas a vida é um desafio, e se você está pronto para reconhecer isso e encarar a vida como um desafio de um jogo - em que o próprio desafio é o que torna a brincadeira divertida -, então sua vida não será estática, mas sim um processo dinâmico de crescimento. Será uma aventura emocionante.

(Rabino David Aaron - "Luz Infinita")

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

" AS PESSOAS TÊM VALORES DIFERENTES DOS SEUS "


Um dia um homem muito rico levou o filho pequeno para o interior com o firme propósito de mostrar a ele quanto as pessoas podem ser pobres. O pai queria que o filho aprendesse a valorizar os bens materiais que possuía, seu status e prestígio social. Desde cedo pretendia transmitir esses valores a seu herdeiro.
Pai e filho passaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa de um trabalhador da fazenda de seu primo. Quando retornaram da viagem, o pai perguntou ao filho:
- 'Então, o que achou do passeio ?
- Muito bom, pai!
- Percebeu a diferença entre viver na riqueza e viver na pobreza ? Me diga o que você aprendeu ?'
E o filho respondeu:
- 'Eu vi que nós temos 1 cachorro em casa, e eles têm 4; que nós temos uma piscina até grande, mas eles têm um riacho que não acaba nunca. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas, e eles têm as estrelas e a lua que nós nem vemos. Nosso quintal vai até o portão de entrada, e eles têm uma floresta inteirinha só para eles.'
Quando o garoto acabou de responder, o pai estava perplexo.
O filho acrescentou:
- 'Obrigado, pai, por me mostrar como nós somos pobres!'
Tudo que você tem depende da maneira como você olha para as coisas. Depende da forma como as pessoas pensam. Você criará um ambiente de vida muito melhor se compreender e aceitar que as pessoas podem cultivar valores diferentes dos seus.

(Alexandre Rangel)