Páginas

domingo, 30 de setembro de 2012

" JOB... HOMEM ÍNTEGRO E RETO, TEMENTE A DEUS E QUE SE DESVIAVA DO MAL " (Job 1:1)


Foi assim que DEUS descreveu o caráter de Job. E perguntou a Satanás:
" - Observaste o meu servo Job ? Porque ninguém há na terra semelhante a ele."
Satanás respondeu o seguinte:
" - Tira tudo o que ele tem, e Te amaldiçoará na cara! "
Ele estava querendo a queda de Job, mas DEUS desejava abençoá-lo. Então o Senhor deu permissão ao diabo para lhe tirar tudo. E com uma energia maligna, ele se pôs em ação. Em apenas 1 dia, reduziu o maior homem do Oriente a uma pobreza total e lhe impôs um doloroso sofrimento. Desferiu-lhe golpes esmagadores, um atrás do outro, e com tal rapidez, que até nos espantamos com o testemunho que o ESPÍRITO SANTO dá sobre aquele homem: "Em tudo isto não pecou Job com os seus lábios".

Que tremenda vitória para DEUS!  E que derrota para Satanás!

(Lettie Cowman)

" EM MIM... PAZ. " (João 16:33)


Há uma vasta diferença entre felicidade, no sentido comum, e felicidade, no sentido de bem-aventurança. Paulo sofreu prisões e dores, sacrifícios e sofrimentos até ao extremo; mas em meio a tudo, estava feliz. Todas as bem-aventuranças enchiam seu coração e vida no meio daquelas condições.
Paganini, o grande violinista do passado, apresentou-se ao seu auditório certo dia e descobriu, logo após os aplausos iniciais, que havia algo errado com o violino. Olhou-o por um momento e viu que aquele não era o seu valioso instrumento.
Sentiu-se paralisado por um instante, mas depois, voltando-se para o auditório, explicou o engano. Retirou-se por um momento, procurou-o atrás da cortina, no lugar onde provavelmente o teria deixado, mas percebeu que alguém o tinha roubado, deixando o outro no lugar. Ficou ali por uns instantes, e depois veio para o auditório e disse:
" - Senhoras e senhores: vou mostrar-lhes que a música não está no instrumento, mas na alma."
E tocou como nunca dantes. E a música se derramou daquele instrumento de segunda mão, ao ponto de o auditório ficar arrebatado de entusiasmo, e os aplausos quase romperam o teto, pois aquele homem lhes havia mostrado que a música não estava no instrumento, mas em sua alma.
É sua missão, amigo que está sendo provado e testado, andar no palco deste mundo e revelar a toda Terra e Céu que a música não está nas circunstâncias, nem nas coisas, nem no que é exterior, mas que a música da vida está em sua própria alma.

(Lettie Cowman)

" ASSIM COMO O SENHOR VOS PERDOOU, ASSIM TAMBÉM PERDOAI VÓS " (Col. 3:13)


Em certo lugar no interior da África, existe um costume muito interessante, que não tem paralelo em nenhum outro lugar do mundo.Trata-se da 'Semana do Perdão'. É uma semana marcada sempre na estação da seca, quando o clima se acha favorável. Nessa ocasião, todos os homens e mulheres do lugar assumem o compromisso de perdoar aos seus vizinhos quaisquer ofensas, reais ou imaginárias, que estes lhes tenham cometido, que causem inimizades, brigas ou desentendimentos entre eles.
Todos sabemos que um dos princípios do Cristianismo é o de que temos de perdoar as ofensas que outros cometem contra nós. Entretanto, nos últimos anos, e mesmo mais antigamente, temos tido a tendência de esquecer ou ignorar essa grande verdade, por causa do ardor de nossas atividades. Então essa 'Semana do Perdão', observada pelos africanos, traz à lembrança esse fato. Na África, ao final daquela semana, os que são cristãos realizam um festival de júbilo e regozijo.
Será que seria querer muito sugerir que nossa parte do mundo, supostamente mais civilizada, institua uma data semelhante ?

Que nossos rancores desapareçam, como as sombras fogem ao raiar do dia!

Quando DEUS perdoa, esquece!

(Lettie Cowman)

E se não pudermos institui-la em nosso país, comunidade ou igreja, que tal institui-la em nossa família! Como as famílias estão necessitadas de perdão entre os seus membros!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

" TENDO AMADO OS SEUS QUE ESTAVAM NO MUNDO, AMOU-OS ATÉ AO FIM " (João 13:1)


Certa vez, o Sadhu Sundar Singh passou num lugar, no sopé do Himalaya, onde várias pessoas tentavam apagar um incêndio numa mata. Entretanto alguns homens se achavam parados, olhando para a copa de uma árvore, que estava tomada pelas chamas.
" - O que estão espiando ? " indagou ele.
Os homens apontaram para um ninho com vários filhotes. Um pouco acima dele estava um pássaro, voando freneticamente de um lado para outro, parecendo muito aflito. Certamente era a fêmea.
" - Queríamos tentar salvar essa árvore, disseram eles, mas não conseguimos chegar perto dela por causa do fogo. "
Alguns instantes depois, as chamas atingiram o ninho. O Sadhu pensou que a fêmea iria voar para longe dali, fugindo do fogo, mas não o fez. Ela voou direto para o ninho e abriu as asas sobre os filhotes. Em poucos minutos pereceu queimada, juntamente com eles.

Tenhamos um amor intenso, a ponto de nos sacrificarmos!

(Lettie Cowman)

" SIM, DEVERAS CONSIDERO TUDO COMO PERDA, POR CAUSA DA SUBLIMIDADE DO CONHECIMENTO DE CRISTO JESUS, MEU SENHOR " (Filip. 3:8)


Jennie Lind, uma cantora que ficou conhecida como "o rouxinol da Suécia", tornou-se muito famosa como artista de ópera. E, juntamente com o sucesso, também obteve muitas riquezas. Entretanto abandonou a carreira no auge da fama e da habilidade artística, nunca mais retornou aos palcos. Daí em diante, passou a levar uma vida mais reclusa. Provavelmente sentiu muita falta da fama, das riquezas e dos aplausos do público. Contudo estava satisfeita com a vida que levava.
Certa ocasião uma amiga sua, uma inglesa, encontrou-se com ela num balneário. Jennie estava sentada na escadinha da entrada de um hotel, à beira da praia, apreciando o pôr-do-sol, com uma Bíblia no colo. As duas se puseram a conversar, e pouco depois, a amiga fez a pergunta que era inevitável.
" - Jennie, por que foi que você abandonou os palcos no auge do sucesso ? "
E a cantora respondeu tranquilamente:
" - Percebi que, cada dia que passava, eu pensava menos nisto aqui (e apontou para a Bíblia), e nada naquilo ali (e indicou o pôr-do-sol). Que mais eu poderia fazer ? "

Que eu nunca cobice as grandezas deste mundo!
Isso irá custar-me a "coroa da vida"!

(Lettie Cowman)

" ESTENDER A VELA " (Is. 33:23)


Imaginemos uma caravela parada num mar bem calmo, sem a menor brisa para enfunar suas velas. Daí a pouco, uma bandeirola bem lá no alto do mastro começa a agitar-se. A água continua parada, sem nenhuma ondulação. No tombadilho também ninguém sente vento algum. Contudo, lá no alto, há uma corrente de ar. Imediatamente os marinheiros içam as velas para que se enfunem. E o Dr, Miller diz:
"Isto acontece também em nossa vida. Nela existem correntes superiores e inferiores.Muitos cristãos, a maioria, fazem uso apenas das inferiores. Utilizam em suas vidas apenas os ventos que sopram ao nível terreno. Se todos nós deixássemos nossa vida ser conduzida por essas correntes superiores, obteríamos ganhos espirituais de valor incalculável."

Estende tuas velas para que elas recebam as correntes superiores!

(Lettie Cowman)

" COISAS OCULTAS DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO - II " (Mat. 13:35)


Depois da introdução feita, vamos agora tocar em um ponto delicado, alvo de grandes controvérsias, pois diz respeito ao Princípio, a algo que está na origem da nossa história, e que precisa e virá à luz nos dias que estamos vivendo. Vamos para Gênesis/Bereshit 1:1, o início da Re-velação, a saber:
- 1 - "No princípio criou Deus os céus e a terra"
Contudo, no original hebraico ele é ainda mais explícito e forte, ou melhor:
- 1 - "No princípio criou Deus (e) os céus e (e) a terra"
Vejamos agora no próprio original hebraico:
- 1 - "BeReshit barah HElohym het hashamaym ve het haharets"
Se traduzirmos livremente este texto teremos:
- 1 - "No Princípio criou Deuses (HElohym) e os céus e (e) a terra"
Aqui há três particularidades de suprema importância, senão vejamos:
- a 1ª diz respeito à conjunção aditiva - "e" -, em hebraico het, que é composta da 1ª letra do alfabeto hebraico - halef -, e da última - tav -. Isso posto, no grego, no Novo Testamento, nós sabemos que quem é o alfa e o omega, o Princípio e o Fim, a 1ª e a última letras do alfabeto grego, é o nosso Mestre, nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO, consoante o livro do Apocalipse o afirma. Ora, se no grego Ele é o alfa e o omega, quem pode ser então esse - halef e tav -, a 1ª e a última letras do alfabeto hebraico, senão Ele mesmo, de novo. Lembremos (zachar) a afirmação do apóstolo João, no seu Evangelho, de que Ele é o - Verbo (o Logos) -, ou seja, o elemento de ligação entre tudo, sobretudo entre os céus e a terra, como o versículo em questão precisa. Dessa forma, se formos decodificar ainda mais esse texto maravilhoso do Início, poderíamos traduzi-lo mais livremente da seguinte forma:
- 1 - "Em JESUS CRISTO criou (o PAI) os Deuses e (Nele - JESUS) os céus e (Nele - JESUS) a terra"
- a 2ª diz respeito à palavra - HElohym - que traduzimos normalmente por Deus, e que é plural (a terminação ym em hebraico denota o plural), por conseguinte, deveria ser traduzida naturalmente por "Deuses". Ora, um temor indevido, até aqui, decorrente do risco da idolatria e da forma pagã de adorar aos muitos Deuses, proibida incisivamente nas próprias Sagradas Escrituras, impediu-nos de atentar (byn) para a sua verdadeira tradução, e igualmente impediu-nos de nos conscientizarmos da existência desses Deuses, atestada por toda a história antiga e pelas mais diversas mitologias existentes na face do planeta, envolvendo todos os povos, nações e tribos. Em assim sendo, aqui, no início, está re-velada a criação desses Deuses, que, de fato, existem e são aqueles que as Sagradas Escrituras denominam - os Poderes deste Mundo -, os Principados e Potestades pontuados no NT, com os seus líderes maiores (a famosa trindade Maligna). Aqui está a razão pela qual as Sagradas Escrituras, quando querem falar do HElohym de Israel, o chamam de o - HElohym de Abrahão, de Isaac e de Jacob -, fazendo essa identificação e diferenciação bem específica, por que existiam e existem os demais HElohym, das demais nações da Terra. Façamos uma breve leitura pela Metamatemática (Guematria) desta palavra tão especial e vejamos o que podemos des-cobrir: H (Halef) corresponde a 1, L (Lamed) a 30, H (Hei) a 5, Y (Yod) a 10 e M (Mem final) a 600, portanto 1+30+5+10+600=646, que reduzindo nos dá 16 e finalmente 7 (a letra zain), cuja importância examinamos recentemente ao perscrutar os segredos da Lashon haKodesh; desta forma esta palavra, remete-nos à essa letra fantástica cuja leitura já fizemos recentemente, e que pontua "o macho da espécie" e o "lembrar-se" (Zachor/zachar), e, ainda, o "ver o passado" (Zachor Ymot Holam). Nos Salmos 82, em especial, eles (os HElohym) são tratados e considerados de uma maneira mais direta e específica, não deixando dúvida alguma da sua existência e pertinência, inclusive rebeldia. Senão vejamos os versículos 1º e 6º:
- 1 - "DEUS (HElohym) está na congregação (hedah) dos poderosos (Hel); julga no meio dos Deuses (HElohym)"
- 6 - "Eu disse: Vós sois Deuses (HElohym), e vós outros sois todos filhos (ben) do Altíssimo (HElyom)"
- a 3ª diz respeito à inexistência de um sujeito para o verbo criou (barah - que está no singular), no texto em questão, e que está subentendido nesse texto (o sujeito do verbo), pois o autor maior da criação é o PAI (assessorado pelo Filho e pelo Espírito), que pouco é mencionado nas Sagradas Escrituras, mas está subentendido em cada linha e expressão de todos os textos, de Gênesis a Apocalipse. Razão pela qual as Sagradas Escrituras não perdem tempo em tentar provar a Sua existência, porque Dela não se duvida e nem se questiona em momento algum (só os tolos e os perversos dizem "não há Deus", e, assim mesmo, estão falando tão somente de HElohym), pois ela está implícita em tudo, os povos antigos nunca Dela duvidaram, apesar de terem se rebelado contra Ela muitas vezes, e Dela as Sagradas Escrituras somente tratam algumas vezes mais explicitamente, em momentos especiais.
Isso tudo considerando, e começando a abrir o véu dos segredos escondidos no passado, vimos agora da existência de todos esses Poderes, que já estão tendo e vão ter participação intensa nesses dias que estamos passando, serão os principais personagens no palco dos acontecimentos, enquanto o PAI e o Filho e o Espírito estarão no controle por trás dos bastidores. Por hoje é só.
Um bom dia, com a memória em dia. Enos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

" PORÉM O MAIOR DESTES É O AMOR " (I Cor. 13:13)


"Eu o racharei!" disse o machado.
E logo se pôs a dar fortes golpes contra o ferro. Todavia, a cada golpe que dava, seu corte se tornava mais e mais cego. Afinal foi obrigado a parar.
"Deixa comigo!" falou o serrote.
E em seguida se pôs a serrá-lo, no seu vai-e-vem constante, com seus dentes implacáveis. Entretanto, daí a pouco, seus dentes se entortaram e foram se quebrando, e ele caiu para um lado.
"Há! Há!" riu o martelo. "Eu sabia que vocês não conseguiriam. Vou mostrar-lhes como se faz!"
Contudo, na primeira batida que ele deu no ferro, a cabeça se soltou do cabo, e o ferro continuou intocado como antes.
"Posso tentar ?" indagou uma pequenina chama.
Os outros a fitaram com desprezo. E ela mansamente se enroscou em torno do ferro, abraçou-o, e ali permaneceu até que ele se derreteu totalmente com seu irresistível calor.

Para um coração conseguir resistir ao amor, tem de ser muito duro.

"Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor...
Porém o maior destes é o amor."

(Lettie Cowman)

" ENTÃO, CAIU FOGO DO SENHOR, E CONSUMIU O HOLOCAUSTO, E A LENHA, E AS PEDRAS, E A TERRA, E AINDA LAMBEU A ÁGUA QUE ESTAVA NO REGO " (I Reis 18:38)


A oração é um dos mais preciosos e sagrados privilégios do homem. Narramos a seguir uma experiência vivida por Charles G. Finney, aquele poderoso 'Elias da oração'.
No ano de 1853, o verão foi excessivamente quente e seco. As pastagens achavam-se ressequidas. Parecia que os agricultores iriam perder toda a colheita. Certo dia, a grande congregação da Igreja de Oberlin se reuniu no templo como de costume. Embora o céu estivesse claro, Finney sentiu o peso de orar a DEUS pedindo chuva. E disse:
"Senhor, não temos a presunção de dizer-te o que é melhor para nós. Entretanto Tu nos conclamas a Te buscar, como uma criança busca seu pai terreno, para Te apresentar nossos pedidos. Queremos chuva, Senhor! Os pastos encontram-se secos. A terra está rachando, precisando de água. O gado vaga de um lado para outro e se abaixa procurando o que beber. Até os esquilos estão passando sede. Se não nos deres água, nosso gado irá morrer, e não teremos colheita. Senhor, manda-nos chuva, e manda agora, Senhor! Isso é muito fácil para Ti, PAI! Manda-o agora, Senhor! Em nome de CRISTO!"
Alguns minutos depois que ele terminou de orar, ninguém mais conseguia escutar a voz dele por causa do ribombar dos trovões e do barulho da chuva nos telhados.

[extraído de Life of Finney (A vida de Finney)]

O mundo anseia por algo em que DEUS esteja presente!

" COISAS OCULTAS DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO - I " (Mat. 13:35)


Estamos vivendo um tempo histórico e profético em que aquilo que ficou escondido desde o Princípio - agora está vindo à luz. É o momento por excelência em que Mateus 13:35 está se cumprindo, senão vejamos:
- 35 - "para que se cumprisse o que fora dito pelo Profeta, que disse: 'Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a fundação do mundo"
Esta passagem das Sagradas Escrituras registrada em - Mateus -, é a confirmação do texto proferido primeiramente em - Salmos 78:2, a saber:
- 2 - "Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade"
Ora, sabemos que os dias presentes são semelhantes àqueles dias vividos por Noé, e igualmente semelhantes àqueles ocorridos em Sodoma e Gomorra, portanto, são dias que trazem o passado à luz e de volta, fazendo com que nos lembremos dos dias da antiguidade, com seus enigmas, com as "charadas" do oriente, que começam a se des-cortinar (o véu começa a ser removido) diante daquele que tem 'olhos para ver ' e 'ouvidos para ouvir'. O próprio antropólogo francês René Girard atentou para esse fato nos importantes livros que tem escrito sobre o Sistema Sacrificial, percebendo que aquilo que ficara escondido desde o passado mais remoto começa a se tornar conhecido e entendido, e os mistérios do passado passam a ser des-velados a quem tem "olhos para ver".
Este é o momento no tempo em que as palavras do sábio Salomão - ao iniciar o livro de Provérbios (1:6) - passam a ser de uma atualidade impressionante, ou seja:
- 6 - "para entender provérbios e sua interpretação, como também as palavras dos sábios e suas adivinhações"
E todas essas palavras Sagradas - proféticas e históricas -, que dizem respeito a parábolas, enigmas e adivinhações, ainda podem ser inseridas em um contexto mais especial, porque os nossos tempos são aqueles em que também está se cumprindo uma outra palavra profética do livro do Apocalipse (o livro da Re-velação), em seu capítulo 14:6 e 7, ou melhor:
- 6 - "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo"
- 7 - "dizendo com grande voz: Temei a DEUS e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas"
Em assim sendo, estes são tempos em que não só as coisas ocultas desde a criação do mundo começam a ser re-veladas, ou seja, aquilo que ficara oculto na noite do passado agora é trazido à claridade do dia, e começa a ser esclarecido mais e mais - progressivamente, como também são tempos em que - o Evangelho Eterno - começa a se tornar conhecido, aquelas Boas Novas que não são só para os nossos dias e para a história dos homens no planeta Terra, mas dizem respeito à eternidade, a tudo que concerne às próprias regiões celestiais, pois não só já existiam antes da fundação do mundo como existirão para sempre, pois estas são - o Evangelho - que engloba o nosso, específico para nós, e que, contudo, é ainda muito mais amplo e infinito, abrindo-se para todo o Universo e apresentando verdades cósmicas, que envolvem inclusive todos os seres criados desta e de outras dimensões. Este é o Evangelho que antecede até o próprio Princípio em Gênesis/Bereshit 1:1, pois neste 1º capítulo das Sagradas Escrituras alguns de seus princípios básicos são ali expostos. 
Em breve vai ficar claro algo que foi registrado em Ezequiel 28:11-19 e Isaías 14:5-23, sobretudo de 12 a 20, pois as cenas que a humanidade vai presenciar em nosso planeta Terra nos anos que virão estarão re-velando a todo o Universo um ou mais personagens  que são os responsáveis pelos desencontros que nos envolvem desde o Eden,  e dos quais também somos grandes causadores - por uma cumplicidade infeliz. Uma das canções que ficou muito famosa - "Poeira" -, decantada por uma de nossas mais famosas cantoras da atualidade, fala de um destes personagens (desse Querubim), que será melhor conhecido de todos nos próximos anos.
Dentro desse quadro de Principados e Poderes mundiais, que, logo mais, serão bem conhecidos e sofridos, é interessante registrar que, quando na tentação no deserto, a que JESUS foi submetido, o tentador lhe disse naturalmente (Mateus 4:8 e 9): 
- 8 - "... e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles."
- 9 - "E disse-lhe: Tudo isso te darei se, prostrado, me adorares."
Ele (tentador) não estava blefando, razão pela qual o Mestre não o contestou em sua afirmativa, algo que está plenamente confirmado nas ocasiões em que o próprio JESUS o chamou de - o "Príncipe deste Mundo".  
Isso tudo considerando, leva-nos a concluir que esse personagem (com os demais companheiros) desde o Eden, em decorrência da Queda, assumiu o controle e a orientação de toda e qualquer civilização humana, de sua cultura e de sua religião, de seu sagrado violento (sacrificial), de seu comércio (sobretudo marítimo) e de sua política. Assim, desde os primórdios, na superfície, naquilo que é visível, ele e eles (seus companheiros) não aparecem, utilizam os homens a seu critério, numa parceria maldita (haja vista o famoso "complexo de Édipo"), configurando aquilo que as Sagradas Escrituras denominam - os Poderes deste mundo -; mas, por trás dos bastidores, é ele (ou são eles) quem controla o espetáculo, quem dita as regras, inclusive através de seus oráculos, e tendo o apoio de todas essas entidades que participaram da rebelião celestial (algo que a mitologia, sobretudo a grega, deixa transparecer, e tema que alguns filmes atuais - a Fúria dos Titãs - estão tocando). 
Quando, tanto a história antiga como a mitologia fala dos deuses (da Grécia e de outras regiões da Terra), está se referindo a esses personagens transviados. Um dos mais famosos na Grécia e Ásia Menor, foi a figura de - Dioniso -, que René Girad afirma peremptoriamente ser o próprio Satanás, aquele que JESUS viu "cair como um raio das regiões celestiais". Então, está chegando a hora de mais um "véu" ser descerrado e de fatos que ficaram ocultos desde os primórdios até aqui serem conhecidos, para surpresa até dos estudiosos das Sagradas Escrituras. 
Paremos hoje por aqui, continuando oportunamente, pois há muito o que dizer. Uma boa tarde, Enos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

" NASCE COMO A FLOR " (Job 14:2)


A flor de lótus (o símbolo espiritual do oriente) crava suas raízes na lama. E sua beleza provém, em parte, desse barro, quase tanto quanto provém do ar e da luz do Sol.
Não devemos menosprezar o estudo do cultivo das raízes das plantas, dando preferência à contemplação de uma orquídea, por exemplo. Embora essa belíssima flor seja cultivada no galho de uma árvore, precisa estar ligada a um tronco forte. Este, por sua vez, tem de estar enraizado no solo, extraindo dele os nutrientes de que precisa para alimentar a si mesmo e ao parasita, a orquídea. E, em muitos casos, a árvore hospedeira sobrevive à orquídea durante muitos anos.
Certo escritor relatou o seguinte:
"Algum tempo atrás, já no final do outono, visitei a estufa de um floricultor. Naquele porão, pouco iluminado, havia uma fileira de vasos de planta. O homem me explicou que neles ele plantara a batata das flores de inverno. E era bom para elas se desenvolver naquele ambiente semi-escuro."
Suas raízes cresciam melhor num lugar de sombras do que ao brilho da luz do Sol. Daí a algum tempo, as flores estariam no ponto de se abrir. Então suas cores vistosas iriam alegrar muitos corações, e seu doce perfume permearia o ar de inverno.
Plantado nas sombras para florescer na luz. Primeiro, raízes, depois, rosas.

(Lettie Cowman)

" QUANDO PASSARES PELO FOGO, NÃO TE QUEIMARÁS " (Is. 43:2)


Certa vez, um cientista estava fazendo uma palestra sobre o fogo e realizou uma experiência muito interessante. Ele queria demonstrar que, no centro da chama, existe um vácuo, um ponto de total quietude, cercado como que por uma parede ígnea. Para provar o que dizia, introduziu ali uma carga de pólvora cuidadosamente protegida. Em seguida, removeu a proteção que envolvia o explosivo, e nada aconteceu. A seguir, ele procedeu a um outro experimento. Fez um ligeiro movimento com a mão, e a carga tocou na chama, perdendo, portanto, a segurança que tinha naquele núcleo. Imediatamente seguiu-se uma explosão.
Assim também, nossa segurança está na quietude da alma. Se ficarmos atemorizados e trocarmos a fé pelo medo, ou se nos rebelarmos ou desinquietarmos, seremos atingidos pelas chamas da angústia. O resultado será uma forte desilusão. E mais. Se falharmos nessa questão, DEUS  ficará decepcionado conosco. As provações que nos sobrevêm são demonstrações  do Seu Amor por nós e de Sua confiança em nós. E possivelmente nossa estabilidade e quietude interior Lhe trazem grande satisfação! Se Ele permitisse que vivêssemos sem provações, não estaria absolutamente fazendo um elogio à nossa condição espiritual. Portanto as tribulações e os sofrimentos significam que Ele confia em nós. São prova de que Ele crê que somos suficientemente fortes para suportá-los. Demonstram que acredita que ficaremos fiéis a Ele, mesmo que não nos dê provas visíveis de Seu cuidado, e tenhamos a impressão de nos acharmos à mercê dos nossos inimigos. Se Ele aumentar nossas tribulações, ao invés de reduzi-las, está expressando confiança em nós até o momento presente. Está dizendo que espera que O glorifiquemos em situações ainda mais difíceis que Ele deseja que atravessemos.  Então, não temamos! Por meio delas o Senhor nos libertará do que é exterior e transitório e nos levará a uma comunhão mais profunda com Ele!
Senhor, dá que sejamos filhos da quietude!

(extraído de uma liturgia antiga)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - X "


Estamos em nossos estudos em pleno plano da Criação, nos primórdios de Gênesis/Bereshit e vimos que foi um ato de suma sabedoria Divina - Criar o "tempo" e o "espaço" como uma dimensão existencial - mutável, por isso nos moldando de "barro" (que pode ser quebrado e refeito novamente), aonde o Bem e o chamado Mal conseguem conviver em proximidade, o que não poderia ocorrer na dimensão eterna, das essências. Mas ainda há outra vertente a ser conhecida que gostaríamos de repartir com os leitores agora, senão vejamos:
- Para tanto vamos nos socorrer da obra da coleção René Girard - "O tempo das catástrofes" -, de autoria de Jean-Pierre Dupuy, em seu capítulo 2, "O desvio, a contraprodutividade e a ética", pag. 45, a saber:
"Vendo o homem como esse ser singular que é capaz de 'recuar para saltar melhor', Leibniz, nesse ponto, faz dele a imagem fiel do Seu Criador. Para realizar o melhor dos mundos possíveis, DEUS teve de consentir, de fato, em deixar aí uma dose de mal, sem o qual o mundo real teria sido pior ainda. Tudo que aparenta ser um mal do ponto de vista finito da mônada individual é, do ponto de vista da Totalidade, um sacrifício necessário para o bem maior desta última. O mal é sempre sacrificial nesse sentido, e o sacrifício é um desvio. Louis Dumont ("Essais sur l'Individualisme", Paris, Éd. du Seuil, 1983, p. 242/243) caracteriza a forma da Teodicéia com a seguinte fórmula: "O bem deve conter o mal e ao mesmo tempo ser o seu contrário". O verbo "conter", aqui, tem o sentido de "englobar", e a forma paradoxal assim descrita é o que Dumont denomina "hierarquia" - atribuindo ao termo o seu sentido etimológico de ordem própria do sagrado - que ele define como "englobamento do contrário". Em outra situação, mostrei que sob a condição de ver na palavra "conter" o seu duplo sentido de "englobar" e de "reprimir", "impedir de avançar", a forma da Teodicéia era essa mesma que Adam Smith dá ao que ele chama de "mão invisível".
Isso tudo considerando, o Espírito surpreende-nos com essas verdades extraordinárias da Sabedoria Divina, ou seja: o PAI, diante da rebelião estabelecida, Cria uma "região" no Universo, existencial, mutável, com as coordenadas do "tempo" e do "espaço", e com uma matéria prima chamada "barro" (que pode quebrar e ser refeita), para nela (região) "englobar" e "reprimir", ou ainda melhor, nela "conter" todas as partículas espirituais negativas decorrentes da queda dos seres celestiais, ou seja, todas as consequências da rebelião havida foram aqui encerradas para serem devidamente tratadas, houve uma contenção para ser "impedido o seu avanço", e aqui fomos colocados para sermos os seres intermediadores nesse processo de Redenção e/ou Reconstituição da Unidade primeira, que havia sido fragmentada/partida/quebrada. O homem faz parte desse plano maravilhoso de Salvação daquilo que se havia perdido. O Eden é apenas o ponto de partida inicial, o começo do grande jogo entre o PAI, assessorado pelo Filho e pelo Espírito, e as forças em rebelião, em que uma "mão invisível" conduz todo o desenrolar  da história e em que a um lado é dado "linha" para mostrar todo o seu desencontro e acabar por se enforcar (a exemplo de Haman, no livro de Ester) no próprio cadafalso que veio construindo pelos séculos. Pois DEUS, com Graça e Misericórdia, continua a agir, sem apelar para a violência em momento algum, apenas dando corda para os revoltosos enrolarem-se em seus próprios desatinos. Em todo o tempo, nada saiu do controle, nem agora sairá, pois tudo está "contido" no PAI, para ser impedido o seu avanço, e JESUS já morreu para nos Redimir "desde a fundação do mundo", só atualizando o fato na trama e na urdidura - na Cruz, para inseri-lo no tempo e na história.
O nosso papel no espetáculo que está para alcançar o seu auge em breve, já está definido desde o início, desde o Princípio, como vimos na conversa anterior. No próprio livro dos começos, Gênesis/Bereshit, a missão precípua é "não esquecer", que é fundamental, e não esquecer de aprender a "distinguir", a "separar mentalmente", tanto a Luz e a Treva, como as Águas de cima e as Águas de baixo, percebendo que há uma separação entre elas, um paralelo 38, que as desassocia para não haver a terrível mistura e confusão, que acaba embaralhando tudo, como vem ocorrendo atualmente, nos dias que se passam, quando não mais se consegue discernir o certo e o errado, o bem e o mal, o que é de cima e o que é de baixo, o celestial e o terreno, onde tudo cai no âmbito do religioso, do sagrado, do sacrificial (por exemplo: você já fez sua oferenda - hoje - aos seus guias protetores ? Isso é o que se ensina nos vários cultos sacrificiais, ou seja, agradar aos deuses), e assim tudo fica sendo questão de escolha individual, não mais percebendo o ser humano que o seu destino eterno está sendo decidido na vida como ela é e isso repete-se - hoje -, no nosso cotidiano, e que são dias "como os de Noé", ocasião em que um novo tipo de Dilúvio está para ocorrer, e será de novo global. Assim sendo, tsunamis, terremotos, pestes, fome, já vem ocorrendo em níveis cada vez mais intensos nos últimos anos, como as Sagradas Escrituras tanto nos alertam há milhares de anos. O cenário vem sendo montado diante dos nossos olhos escurecidos por "escamas", e uma mente entorpecida em um esquecimento religioso bem sonolento, ao som de prédicas e canções que nos envolvem numa ilusão de que tudo está bem, de que o que precisamos é de "prosperidade" para mergulharmos cada vez mais fundo nessa sociedade de consumo, iludindo-nos de que as profecias bíblicas são palavras de profetas fanáticos. Até os filmes mais recentes, para quem tem "olhos para ver e ouvidos para ouvir", já estão de certa forma informando sobre o que está por vir, os temas são todos relativos a cenas desse final. Há um governo mundial pronto para ser formado diante dos nossos narizes para o controle do planeta, e a maioria está completamente desapercebida. É hora de lembrar, de acordar, de despertar para a vida e vida abundante. É nesta direção que as primeiras 4 palavras (desejo..., adversário..., claridade... e problema...) vieram nos conduzindo, posteriormente complementadas pelas demais, tanto "o lembrar-se" como "o ver o passado". Como disse acima e repito, os temas dos filmes atuais estão tomando as cenas do passado, mitológicas e/ou históricas, para a montagem de grandes produções, em que muitos desses fatos estão nas entrelinhas, algumas dessas verdades estão sendo tratadas no enredo. Sem se aperceber, várias fontes estão apontando em uma única direção, formando um mosaico que nos relembra as palavras  do autor do livro de Eclesiastes: "nada há de novo na face da Terra, o que está acontecendo já havia acontecido no passado e o que vai acontecer também já aconteceu", por isso, hoje, mais do que nunca, é fundamental o aviso: "Lembra-te da antiguidade e atenta para as gerações", algo que a letra zain pontua - "Zachor Ymot Holam", "Lembra-se dos dias do Universo que já passaram". Os sinos estão dobrando e as sirenes também já começaram a tocar, a Trombeta (Shofar) soará no momento oportuno, eis que é hora de lembrar, de rememorar, de acordar, de desperta, de uma tomada de posição e direção. Uma boa noite, Enos.

domingo, 16 de setembro de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - IX "


"Lembrar-se"... "Ver o passado"... "Distinguir"... "Separar mentalmente"...

O desejo... o homem... a memória... o passado... e a herança... 

Um processo que começa em nosso interior, dentro de nós, e que alavanca toda a nossa vida através dos tempo e das estações, nossa e de nossas culturas e civilizações. E esse processo envolve primeiramente o tempo, o passado e o futuro, o desenrolar dos fatos, a fim de não nos envolvermos em repetições sem fim dos mesmos erros, de novo, de novo. E, num segundo momento, vai envolver também o espaço, limites e fronteiras, aquilo que é nosso e aquilo que é do nosso vizinho, posse e propriedade, para não nos envolvermos em discórdias sem fim e suas consequências danosas. Ocasião, quando os problemas podem começar a crescer e os desejos também, pois, como diz o ditado popular: "a galinha do vizinho bota ovo mais amarelinho". Então, esses 5 temas, que perfazem uma mão (com os seus 5 dedos), servem de uma lembrança existencial - a cada momento - no sentido de que precisamos "não esquecer" as 4 palavras básicas: desejo... adversário... claridade... e os problemas...) e seus desdobramentos: o lembrar-se...  o ver o passado... e o distinguir...), pois aí está o verdadeiro X do problema, o famoso "nó górdio". A Lashon HaKodesh, com sua sabedoria natural, advinda do Trono do PAI, mostra-nos todo um sentido de vida a ser observado e que deve prevalecer dentro do - tempo - e do - espaço -, do nosso viver aqui no planeta Terra. Há aqui um segredo, que vamos compartilhar com os nossos leitores: o porquê do "tempo" e do "espaço" no plano Divino, e, mais ainda, da nossa constituição feita do material - "barro".
Antes do desenvolver-se da Criação, a partir de Gênesis/Bereshit 1:3, ainda em pleno Princípio (Reshit), em Gênesis 1:1 e 1:2,  quando os arquétipos estavam sendo formados e algo aconteceu, sabe-se que houve uma rebelião nas regiões celestiais, descrita em Ezequiel 28:11 a 19, e Isaías 14:12 a 20, a de Lúcifer e seus companheiros (as Sagradas Escrituras nos dizem que 1/3 da população celestial envolveu-se), que deu origem a uma energia negativa (energias de polos contrários afastam-se, repelem-se) que provocou  a separação (afastamento) de alguns dos seres criados da Presença do Seu Criador (aonde as energias positivas são plenas e puras), alguns deles de alto nível, como foi o caso desse Querubim ungido. Nesse nível celestial, o das essências, quando houve uma quebra da harmonia, uma insurreição, um levante, uma insubmissão, essas energias negativas provocaram uma "quebra desses vasos", chamada pelos sábios judaicos de - shevirah -,  ou seja, uma fratura,  um estilhaçamento, uma esquizofrenia, um fragmentar de seus interiores, antes portadores só de energias positivas, pois não havia mistura (agora energias de polos contrários confrontavam-se). Como nessa dimensão espiritual, de alto nível, das essências, não há espaço e tempo (ela é eterna) e a natureza não é feita do barro (quebrável, mas que pode ser refeito), mas de um outro tipo de "material" celestial, não havia como promover a sua reconstituição (Tikun) de imediato, senão a sua destruição eterna, ou melhor, não havia como aproximar essas energias que se repelem naturalmente, senão pela violência. Como DEUS, o PAI, é Graça e Misericórdia, Criou o espaço e o tempo, que permitem uma aproximação e uma convivência - próximas - dessas energias contrárias, que foram chamadas do "bem e do mal" (a famosa Árvore bipolar, e daí a necessidade de se alimentar dela, a despeito das consequências que adviriam); permitindo que os impulsos do bem - Yetser haTov - e do chamado mal - Yetser haRah -, convivessem em certa proximidade, e então, para completar as condições de resgate, desenvolveu uma natureza feita do barro (que se quebra e pode ser refeito), para: nessa dimensão, a nossa, a existencial, que é mutável, sujeita, portanto, ao tempo e espaço, a rebelião ocorrida pudesse ser "contida" e o problema viesse a ser resolvido definitivamente, o conserto eterno (Tikun) ocorresse no tempo e no espaço (na Cruz), razão pela qual as Sagradas Escrituras, no misterioso livro do Apocalipse, em seu capítulo 13:8, nos alertam que o Cordeiro foi morto "desde a fundação do mundo", fato que apenas se atualizou no tempo e na história - na Cruz e no Calvário, em Jerusalém, no início da era chamada cristã.
Dessa forma, o "tempo" e o "espaço" são fundamentais, razão pela qual o Livro das Palavras, Devarim ou  Deuteronômio, em seu capítulo 32:7-9, que estamos estudando, nos alerta para a importância do "passado" (tempo - holam) e da "herança" (espaço - fronteiras, nachal).
7 - "Lembra-te dos dias da antiguidade
       atenta para os anos de muitas gerações...
8 -  Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações
       quando dividia os filhos de Adão uns dos outros...
Antiguidade...  gerações...  heranças...  separação...
É aqui, no correr das nossas vidas e da história do nosso planeta Terra, no tempo e no espaço, que precisamos resolver as nossas pendências e conflitos, quaisquer que sejam, porque aqui nós ainda temos uma natureza feito do "barro", que se quebra e pode ser refeita, pois na outra dimensão, a eterna, a essência é de uma outra natureza, ela é eterna, imutável, qualquer quebra provoca um estilhaçamento, uma fratura sem solução. Daí a razão da criação da nossa Via Lactea, desta região do Universo, aonde a rebelião, o pecado, o errar o alvo (hamartia), podem ser consertados e o foram, através do "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo", e que na Cruz do Calvário declarou para toda a humanidade e para todos os tempos e estações - "está consumado"... Tendo, após a Ressurreição, quando se levantou do túmulo vitorioso, redimido tanto céus como terra (veja Hebreus 9:23 - momento em que gloriosamente passa a submeter e/ou subjugar a insurreição e/ou amotinamento ocorrido nos céus, pois JESUS nessa conjuntura de expiação, desfila nas regiões celestiais com os Poderes rebeldes debaixo de Seus pés), tendo descido, em seguida, ao Hades - para anunciar aos espíritos em prisão o seu feito Redentor.
Esta é uma mensagem para todos os filhos dos homens, em todos os tempos e lugares, por mais remotos que sejam. Que parem de se iludir com reencarnações e outras conversas que tais, e que entendam de uma vez para sempre que é aqui e agora que podemos escolher se queremos ser refeitos - na imagem e semelhança com o Criador -, ou queremos nos unir a essas energias negativas que serão no futuro confinadas em um "buraco negro" nada agradável - "o lago de fogo e enxofre" -, e isso depois de um estágio no rio Lethe e seus quejandos, a discórdia, a guerra, a dor, a fome e a treva.
É interessante que estamos vivendo nos dias atuais uma onda de filmes sobre Deuses e Titãs, sobre guerra e rebelião, que falam algo muito interessante: dizem os Deuses nesses filmes que tudo vai depender do homem, da sua tomada de decisão e posição, e isso não deixa de ser verdade. Temos o direito de "escolher", não existe o direito de "não escolher", pois o homem é o pivô do que vai acontecer aqui na Terra. É da nossa decisão e escolha que vai depender uma tomada de posição de que lado queremos ficar, pois temos a chance - agora - de escolher, pois caso queiramos ficar em cima do muro e não escolher o lado, o não escolher automaticamente nos despencará (a queda) do outro lado, as energias negativas atrair-nos-ão sem mais possibilidade de retorno e conserto, e o rio Lethe será a nossa praia, seremos íntimos de Éris e da Noite. Uma convivência que não quero experimentar nem por brincadeira e você ? 
Um bom dia e com a memória em dia, Enos.

domingo, 9 de setembro de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - VIII "


"Aonde estás ?"... "Quem és ?"... "O que é o homem ?"...

O desejo, o homem, a memória, o passado, quatro referenciais a se completarem e se posicionarem, como setas ao longo do caminho da vida. Desde o passado mais remoto e distante, a se perder nas brumas de um nevoeiro muito denso, essas "flechas" vivem cruzando o nosso caminhar, apontando direções e rumo, um norte seguro, algo que nos leve a uma transformação plena e perfeita, para alcançarmos a nossa realização como homens e mulheres de verdade, imagem e semelhança do Criador. E possamos responder a essas perguntas milenares, questões existenciais. 
É nesse cenário da antiguidade e das gerações, que precisamos nos posicionar e aprender a escolher, e escolher bem, pois estamos diante das Águas de cima e das Águas de baixo, e o querer é enganoso, pode vir a ser o nosso adversário, por isso a necessidade de clareza para dar cada passo. É dentro desse contexto milenar e eterno, que os céus são nosso referencial maior, pois não podemos e não devemos permitir que ele e suas verdades caiam no esquecimento, pois o termo usado nas Escrituras Sagradas para céus é - shamaym - que é formado de "ma" e de "my"  invertido (que compõe em hebraico - maym - "águas"), e que se referem: o - ma - ao meio de purificação, aquele da multiplicidade manifestada nos seus diferentes níveis de realidade, e o - my - ao centro de regenerescência, ao mundo da unidade arquetípica não-manifestada, tanto "o ambiente" como "o causador" propícios para o nascer de novo, para um batismo nas águas primordiais, que permitam o verdadeiro renascimento, e o surgimento de um novo homem, com a imagem e semelhança do Criador recuperadas. Algo que só a Palavra pode efetuar e que precisa da nossa aceitação, de um obedecer ao Espírito plenamente, para que Ele nos faça adentrar ao Reino dos Céus, onde poderemos usufruir de todas as realidades através de uma consciência despertada: aprender a ver o passado e começar a aprender todas as coisas. Pois é somente no Reino (Malchut) dos Céus (Shamaym) que estaremos no "ambiente" "causador" do nosso renascimento, aonde a imagem e semelhança podem e devem ser recuperadas. E a Palavra (JESUS) é o agente que produzirá essa regeneração, através da ação do ESPÍRITO SANTO.
Para tanto, o pai e o ancião precisam proferir palavras, dizer (hamar), instruir e ensinar aquilo que só eles sabem, e que aprenderam ao longo de seu caminhar através dos anos, e anos vividos no Caminho. Só essa visão desde um ontem a se perder no tempo até um amanhã que ainda não conseguimos descortinar, aquilo que se viveu na origem e que voltará a ocorrer no momento oportuno (em breve), e que também diz respeito ao nascer e morrer do homem, a momentos cruciais de sua vida, é que pode nos tirar do esquecimento, talvez já do sono, para um despertar que nos faça ver e enxergar as verdades que estavam esquecidas e sepultadas nas areias do passado que se tornara desértico e inóspito.
O que é ainda mais forte é que isso não diz respeito tão somente ao homem, individualmente, mas envolve o coletivo, a comunidade, os povos e nações, que também precisam recuperar sua lembrança, sua memória, e aprender a lidar com os desejos de poder, da hybris, do descomedimento, para não repetirem os erros de antanho e voltar a sofrer as mesmas consequências danosas, os mesmos problemas e seus amargos e cruéis constrangimentos. É algo que herdamos dos nossos antepassados, é genético, ninguém pode escapar, pois diz respeito à humanidade, ao homem feito do barro, pois o barro, felizmente, é um material frágil e afeito a esta existência, que pode se quebrar e se fazer de novo, de novo e de novo.
Vejamos, em seguida, que os 4 referenciais acima, fazem-se acompanhar de um 5º, a herança, nachal em hebraico, que significa "tomar como possessão, adquirir, herdar, possuir, ocupar, distribuir", e que diz respeito aos "filhos" (ben - em hebraico) dos "homens" (hadam - em hebraico), isto é, a toda a humanidade, sem exceção, e envolve os aspectos de uma geopolítica promovida pelo próprio Criador, quando separou os filhos dos homens uns dos outros, geograficamente, e isso aconteceu em Babel, quando as línguas se confundiram. Essa separação foi feita entre 70 tribos ou nações, que ainda falavam uma linguagem única e depois a viram se dividir em 70 línguas diferentes e estranhas umas às outras (com os seus dialetos), pois não mais conseguiram se entender. Nesse momento no tempo, nesse período de nossa história, foram fixados (natsab - em hebraico, que significa "designar, posicionar, colocar, estabilizar" ) os limites (gebulah - em hebraico) dessas tribos e nações, que não deviam ter sido alterados, pois foi de discussões e conflitos em torno de fronteiras e espaços que elas - nações e tribos - se deixaram envolver pela discórdia e pela guerra através dos séculos até os dias presentes, permitindo que a Treva as envolvesse num amargo esquecimento das fronteiras iniciais, estabelecidas pelo Criador, que se respeitadas teriam permitido um viver em paz e prosperidade plena desde os primórdios, sem as pestes e o ódio destruidor. O mais triste é que essa discórdia em torno das heranças e limites, não envolve apenas as nações e povos, mas aflige o homem individualmente e seus familiares e irmãos, em todos os momentos do tempo em que bens e valores precisam ser repartidos ou divididos, falem os advogados de suas tristes e conflituosas causas de família, quando alguns quase se matam em Juízo, e outros passam a se odiar para sempre. E assim voltamos ao princípio - o desejo -, à raiz de nossos maiores problemas e constrangimentos, fonte de toda a violência que tem imperado milenarmente, para podermos nos aperceber da importância vital do homem em - não esquecer -, em lembrar-se e se portar como um pai ou ancião, enxergando o passado, para não repetir os mesmos erros de sempre, ou seja, só mantendo a memória em dia para não repetir - de novo - os erros do passado. Enos.

sábado, 8 de setembro de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - VII "


Depois de 6 conversas sobre o tema acima, e 6 é o numero relativo à Criação (o Mundo foi criado em 6 dias), façamos uma recapitulação a respeito do caminho aonde as 3 letras: H (hei, que é uma "janela"), que corresponde ao número 5, TS (tsadi, que é um "anzol"), que corresponde ao número 90, e R (resh, que é a "cabeça"), que corresponde ao número 200, estão nos levando, ou melhor, elas estão trazendo à luz verdades milenares ao compor as palavras em exame: ratsah (querer ou desejar), hatsar (adversário), tsohar (claridade, clareza e esclarecimento) e tsarah (problema, constrangimento); que, conjugadas nos apontam um encadeamento de lições e ensinamentos vitais, que envolvem a nossa vida por inteiro, e que do seu entendimento depende a nossa vitória ou derrota no final. Pois, se não soubermos desejar de modo acertado, o nosso querer vai trabalhar contra nós - será nosso adversário, daí a necessidade de claridade - luz -, para a tomada de cada decisão, de cada escolha, de cada passo, a fim de podermos escapar dos problemas amargos e de seus constrangimentos piores ainda.
Vimos mais, que a leitura pela metamatemática dessas 3 letras, que perfazem o número 295, que reduzido leva ao número 7, nos aponta uma 4ª letra de grande importância, o - zain, que, em dois momentos significativos, remete, primeiramente, ao sentido de - zachor/zachar, "o macho da espécie" e "o lembrar-se", e, num segundo momento, faz surgir outro sentido também de suma importância: "Zachor Ymot Holam", ou melhor ainda -"Lembra-te dos dias do Universo que já passaram". Ou seja, esse aprendizado sobre o desejo e suas consequências - não pode e não deve ser esquecido, e, para não termos dúvida alguma sobre tal verdade, é só dar uma olhada no passado e verificar a experiência dos povos e nações, e de personagens famosos que se perderam na hybris, na ultrapassagem dos limites, medidas que foram fixadas desde o Princípio (a nós homens e às nações) e que precisamos observar para que o desejo não nos desencaminhe em um descomedimento, em um excesso, em um desregramento ou imoderação, que nos lavará à destruição final, pessoal ou coletiva.
Ora, esse "lembrar-se" vai nos posicionar simetricamente em oposição ao "esquecimento", que remete a um personagem mítico já visto, o rio do Inferno - de nome Lethe, e que é, segundo a mitologia, filho de Éris, a discórdia e a guerra, e neto de Noite ou Nix, a Treva. Daí que, como vimos, os gregos chamavam a verdade de aletheia, ou "o não se esquecer", pois, em livrando do esquecimento, evitar-se-ia um adormecer em sono letárgico e, por último, um perder-se na própria morte eterna. E isto, lembrando sempre que - em nosso caminhar - corremos o risco de permitir que o desejo levante-se como nosso maior adversário, e a falta de luz ao dar os passos possa envolver problemas inúmeros e terríveis, com seus constrangimentos sem fim.
Então, quando as Sagradas Escrituras em Deut. 32:7-9, nos alertam: "Lembra-te dos dias da antiguidade, considera (atenta) os anos de muitas gerações...", ela está inteiramente dentro do quadro que estamos montando, e que é histórico e profético ao mesmo tempo. Ao usar esses 2 verbos "lembra-te" e "considera" (ou "atenta"), pontua aquilo que vimos: primeiramente o significado de zachor/zachar ("macho da espécie" e "lembrar-se"), ainda acrescido do sentido de "Zachor Ymot Holam" ("aprenda a ver o passado"), seguido agora de um novo verbo de suma importância: - considera/atenta, que tem como palavra raiz em hebraico - byn, distinguir ou separar mentalmente, discernir e/ou considerar; e que nos remete a 2 outros termos vitais: bynah, o próprio Entendimento (uma das Emanações que promanam do Trono de DEUS), e uma outra palavra dela derivada - badal -, que diz respeito aos dois primeiros dias da Criação, quando se fez a "separação" da Luz e da Treva, e das águas de cima e das águas de baixo.
Façamos uma ligeira parada e observemos que o Espírito, nesse momento de nossas considerações, mostra que o desejo vai remeter, com seus companheiros de sentido, ao próprio início da Criação, aos momentos fulcrais de separação da Luz e da Treva (claridade para não nos envolvermos na Treva), e das Águas de cima e das Águas de baixo (clareza para aprendermos a distinguir em que matéria prima queremos ser mergulhados), sabendo que existe uma extensão ou firmamento a delimitar ambas as Águas, colocado que foi nos céus (shamaym). Porisso, só nos voltando para os céus, para cima, para DEUS, vamos poder entender o que está se passando aqui embaixo, e que tem a ver diretamente com tudo o que se passou, primeiramente, lá em cima. 
E ainda nos diz mais a Língua Sagrada, a Lashon HaKodesh, que devemos perguntar/consultar (shahal) ao pai (ab), o macho por excelência da espécie, e/ou ao ancião (zaqen), o mais vivido e experiente, o que a antiguidade (holam) e as gerações (dor) podem nos ensinar/falar sobre esse tema que vai se descortinando ante os nossos olhos, pois nos cabe aprender a aprender a ver o passado (Zachor Ymot Holam), dando uma espiada d'olhos até no princípio do mundo, para verificar mais uma vez aonde o desejo e um querer sem limites e freios nos levou - a uma queda e a uma nudez -, que nos deixaram sem norte e direção, fazendo com que o Criador nos houvesse perguntado: "aonde estás ?". Isto é, "o povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la" (Santayana)
O vento que sopra de onde quer, e que não sabemos de onde vem nem para onde vai, está sibilando lembranças de um passado crucial, de momentos decisivos do caminhar do homem no planete terra. Vamos voltar a Babel e auscultar um problema geopolítico, o problema da herança das nações e povos. Mas isto fica para uma próxima conversa. Enos.

sábado, 1 de setembro de 2012

" NÃO É ESTE O CARPINTEIRO? " (Marcos 6:3)


"ESTE É O MEU FILHO AMADO, EM QUEM ME COMPRAZO"  (Mateus 3:17)

Agrada-nos saber que Aquele que falou sobre "pôr a mão no arado" e tomarmos o "seu jugo", Ele próprio trabalhou fabricando arados e jugos. E pelo fato de Suas Palavras não terem "cheiro" de livros e de universidades, ninguém as considera menos sagradas. Não cometamos o mesmo erro daqueles homens de Nazaré. Eles acharam que JESUS não poderia ser o Filho de DEUS porque era carpinteiro. Na verdade, a partir daí , para os pobres, isso foi uma boa prova da Divindade Dele. Não nos deixemos levar por posições sociais nem por distintivos acadêmicos.
William Carey era sapateiro, mas tinha um mapa-mundi na parede de sua oficina. O que ele sonhou e realizou ultrapassou as conquistas de Alexandre, o Grande.
Que pensamentos deviam passar pela cabeça de JESUS quando estava em sua banca de carpinteiro ? Um deles era o de que os reinos deste mundo tinham de se tornar os reinos de DEUS, custasse o que custasse.

Selecionado

QUE É ISSO QUE TENS NA MÃO ?

É uma enxada ? Uma agulha ? Uma vassoura ? Uma caneta ou uma espada ? Um livro didático ou de contabilidade ? Um telégrafo ou uma máquina de escrever ? Uma bigorna ou uma régua ? É uma plaina de carpinteiro ou uma colher de pedreiro ? Uma alavanca ou um leme ? Um bisturi ou um metro ? Um instrumento musical ou o dom da voz ?

SEJA O QUE FOR, DEDIQUE-O A DEUS COMO UM CULTO DE AMOR!

Muitos funileiros, tecelões, marreteiros e outros trabalhadores braçais têm se postado diante de uma janela aberta para o céu e dado asas à imaginação.

(Lettie Cowman)

" OS SIGNIFICADOS CONTIDOS NOS ANOS - IV "


"Assim como foi nos dias de Noé..." Este período de tempo histórico ocorrido em nosso passado distante, oferece um quadro bastante bem delineado para podermos examinar, e depois poder compará-lo com o atual, senão vejamos:
- "A terra porém estava corrompida (shachat) diante da face de DEUS.."
Ora, shachat abre um universo de significações bastante amplo:
- "corromper, deteriorar, arruinar, destruir, danificar, assolar, perverter"
Universo de sentidos esse que precisa ser complementado com a 2ª palavra, ou seja:
- "... e encheu-se a terra de violência (chamas)."
Por seu lado, chamas complementa toda a amplitude das significações acima, a saber:
 - "violência, injustiça, crueldade, dano, violar, afronta, agravo"
Como vimos na conversa anterior, este quadro de violência e corrupção, configura a descrição feita pelos gregos daquilo que eles chamam de hybris: a démesure, a hamartiai, o descomedimento, o excesso, a temeridade, a ultrapassagem do métron, dos limites, das medidas.
Isso posto, temos já bem esboçado o quadro profético e histórico, de corrupção e violência que prefiguram os tempos de Noé:
- o tecido social da época, a convivência dita humana, o relacionamento entre o homem e DEUS (a Salvação) e o homem e os próprios deuses (o Sagrado e a Religião), bem como o próprio relacionamento entre o homem e o homem (o social e a cultura), estava esgarçado, havia sido corrompido, deteriorado, arruinado, destruído, danificado, algo assolava a terra e pervertia todo o contexto dito humano, e nessa lama que o barro havia se transmudado, a violência, a injustiça, a crueldade, o dano, a violação, a afronta e o agravo à ordem estabelecida pelo PAI estava sendo feito. É, portanto, dentro desse contexto de adulteração, desse desvirtuamento, dessa deturpação das próprias Instituições vigentes, dessa deterioração daquilo que havia sido humano, que o próprio Criador sente-se na obrigação, por misericórdia, de intervir, de interferir, de sobrevir, de irromper através de um Dilúvio corretivo, um mergulhar nas águas indiferenciadas novamente, uma volta ao caos original, um batismo cósmico e humanitário, para dessa matéria prima fazer surgir, prorromper uma nova vida, anunciada pela pomba: Noé e sua família.
Ora, ainda precisamos examinar o contexto da palavra hebraica - chet -, para aperfeiçoar a amplitude da descrição do horror então vivido, a saber:
- "a agonia de uma alma separada de si mesma (chet), uma alma dividida, uma alma em dor de parto difícil de chegar a bom termo (chebel), uma profanação de tudo o que é sagrado (chilul), a secularização total - que já não reconhece nenhuma santidade e só sabe dividir as almas, uma destruição (churban) indizível - a devastação que parece ser sempre o fim, que parece não permitir uma continuidade.
Isto contemplava o Altíssimo, e, por graça e misericórdia, decide lavar o planeta, mergulhar uma humanidade desvairada em seus excessos nas águas primordiais, num retorno à matéria prima indiferenciada do começo, para promover um novo recomeço na pessoa de Noé (Noach, significa curiosamente "descanso") e seus filhos. Por conseguinte, fê-los entrar no descanso.
Ora, este quadro de um lado promissor, auspicioso, e de outro assustador, apavorante, horrendo, que implicou nesse batismo cósmico, um lavar o planeta, vai se repetir agora nesse final a que estamos nos dirigindo rapidamente. E é o que esse ano em especial está indicando - 5758 (1997/1998). Então essa mesma descrição feita acima, em seus vários detalhes, vai se repetir. De novo estamos assistindo o tecido social ser esgarçado progressivamente, a profanação do sagrado aumenta a cada ano que passa, algumas devastações antecipatórias já ocorreram, e o social e a cultura começam a se deteriorar, danificar, destruir, pois uma violência crescente inunda o planeta e forças da treva passam a assolar a vida humana de uma forma cada vez mais descontrolada. Estão sendo trazidos para o planeta alguns desses Seres caídos de alto nível, através de portais que estão sendo abertos. É o fim de um período. O encerramento de uma fase planetária cujo término foi plenamente decretado na Cruz, e que agora, 2 séculos depois, começa a se desfazer mais e mais, mostrando uma corrupção desenfreada e uma violência que ganha as ruas e as comunidades, em cada canto do planeta, porque aquele que segurava a ordem existente - Satanás -, está chegando ao seu final e apresenta todo o desespero de quem não tem saída alguma e esbraveja a mais não poder, tentando intimidar aqueles que não tem "olhos para ver e ouvidos para ouvir", como nos ensinam as Sagradas Escrituras. Então, não é momento para termos medo, pelo contrário, é o momento em especial para nos entregarmos nas mãos do ESPÍRITO SANTO e buscar a unção necessária para enfrentarmos vitoriosamente tudo o que estiver pela frente e tivermos que vencer, superar. Espero que você esteja do lado vencedor, dAquele que venceu a própria morte. Enos.