Páginas

domingo, 24 de novembro de 2013

PENSE - II


(THINK ABOUT  -  HAMAR)
GÊNESIS / ORIGENS  -  BERESHIT / BE RESHIT  - NO PRINCÍPIO

Vimos que as Sagradas Escrituras Judaico-Cristãs, em Gen. 1:1, começou com uma 1ª palavra, que é uma expressão, “No Princípio” – Bereshit ou Be Reshit, contextualizando a Si própria, como o Princípio, a Origem, a Cabeça, de tudo o que existe e possa ainda virtualmente vir a existir, nada veio do nada, tudo teve uma origem, uma cabeça, um princípio, um começo, um início, um fundamento, uma razão de ser. Assim, elas contextualizam toda ação humana, todo pensamento, todo modo de ser, toda distribuição, dentro de um esquema, que deve ter início – meio – e fim. O que será que Elas estão nos sinalizando com essa expressão – “No Princípio” ? ......  Examinemos. A expressão – “No Princípio” -, possui 2 palavras: “no” e “princípio”. “No” é a contração da preposição “em” com o artigo definido “o”. A preposição “em” entra na composição de adjuntos adverbiais que exprimem a ideia de: 1) lugar onde se está, 2) tempo em que algo sucede, 3) modo de ser, 4) o modo pelo qual se pratica uma ação, 5) divisão e/ou distribuição. Enquanto que “princípio” diz respeito ao momento ou local ou trecho em que algo tem origem, começo. Em assim sendo, esta expressão “No Princípio” está nos indicando que estamos no momento (criação do tempo), no local (criação do espaço) e/ou trecho (indicando que há algo anterior) em que a CRIAÇÃO (indicada pela 2ª palavra, a seguir, CRIOU), sobretudo, no que diz respeito a nós humanos (Terra e Via Láctea, inclusive), está tendo o seu começo, a sua cabeça, a sua origem, o seu fundamento, a sua base. Algo de uma importância fundamental, radical e até transcendental. Pense, reflita, Enos.

(Gen. 1:1)

PENSE - I


(THINK ABOUT  -  HAMAR)
GÊNESIS / ORIGENS  -  BERESHIT / BE RESHIT  - NO PRINCÍPIO

As Sagradas Escrituras Judaico-Cristãs, em Gen. 1:1, começa com uma 1ª palavra, que é uma expressão, “No Princípio” – Bereshit ou Be Reshit, contextualizando a Si própria, como o Princípio, a Origem, a Cabeça, de tudo o que existe e possa ainda virtualmente vir a existir, nada veio do nada, tudo teve uma origem, uma cabeça, um princípio, um começo, um início, um fundamento, uma razão de ser. Assim, elas contextualizam toda ação humana, todo pensamento, todo modo de ser, toda distribuição, dentro de um esquema, que deve ter início – meio – e fim. O que Elas estão nos sinalizando com essa expressão – “No Princípio” ? ..... Pense, reflita, qual a razão da importância do começo de cada ato ou pensamento, da necessidade de um fundamento ou raiz, algo básico na cabeça. Por exemplo, o começo de um projeto, de um plano, de uma paquera, de um namoro, de um casamento, de uma viagem, de uma frase, de um artigo, de um livro, de um discurso, de uma obra, de uma canção, ou até de não fazer nada, ou seja, do seu embasamento, do seu suporte, da sua sustentação; porque tudo que não tiver raiz ou fundamento, alicerce, base, será um plano, um projeto, um casamento, uma viagem, um livro, uma obra, etc., construído na areia, ou melhor, não haverá sustentação, consistência, condições de sobrevivência e de continuar existindo no tempo. Ou seja, ou nós vivemos em função apenas do efêmero e passageiro, daquilo que não dura, não permanece, ou, precisamos atentar para o início, o princípio, a origem, de tudo o que fizermos, por que só o que for construído na Rocha (fundamento, raiz, pilar) pode perdurar, e durar para sempre (como as “Pirâmides do Egipto”). Pense, reflita, Enos.

(Gen. 1:1)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

MACHO E FÊMEA – O CASAMENTO – II


“E disse o Eterno DEUS: Não é bom que o homem esteja só. Far-lhe-ei uma companheira frente a ele.” (Gen. 2:18)


Lembremos (zachar), estamos dentro do contexto mais fundamental de todos, o do bem e o do chamado “mal”, ou seja, da luz e da ainda-não-luz, da perfeição e da imperfeição, do acabado e do inacabado, devendo cada ser humano alimentar-se desses dois frutos para poder fazer a sua escolha, querer ou não completar-se – sair da ainda-não-luz para a luz -, para vir a experimentar a perfeição da obra criada, deixar-se como Hadam (terra vermelha) trabalhar pela Mão Divina (o Divino oleiro) para alcançar em plenitude a “imagem e semelhança do Criador”. O verdadeiro homem é que é imagem e semelhança do Criador.
É nesse contexto fulcral – do Gan Eden – que a expressão – macho e fêmea – ganha uma configuração de extrema profundidade, pois o homem, para sair do estado de “ainda-não-luz” para a luz, vai precisar daquela que “dá a luz”, a fêmea do gênero humano, a mulher, (Chawah, Eva, a mãe dos viventes, a doadora de vida), por esta razão o PAI a criou como “uma companheira frente a ele”, que em hebraico é traduzido por – hezer kenegedo -, ou melhor, uma ajudante opositora, uma ajudante compatível, uma ajudante associada. Isto é, para que o homem receba luz e saia dessa situação inicial (desde a queda) de ainda-não-luz, precisa que a mulher lhe dê à luz, ou melhor ainda, lhe faça uma oposição sadia, como uma associada em seu caminhar, esteja sempre defronte a ele, confrontando-o e desafiando-o a se realizar como o macho do gênero humano, aquele que sabe “lembrar-se”, ater-se à verdade, e possa conduzi-los a ambos – homem e mulher – em a direção da luz cada vez mais plena, quando conquistará o NOME (razão medular pela qual os judeus chamam a DEUS de HASHEM, o NOME), com que foi agraciado pelo Criador, realizar-se-á plenamente, desenvolverá seus talentos mais ricos, e será tremendamente criativo. A mulher, Chawah, como doadora de vida, ao dar à luz ao seu companheiro, também irá se realizar plenamente na sua missão Divina de ser “aquela que contém” a semente da verdade (aletheia), aquela que traz ao mundo um ser que sabe o que deve fazer, que não irá ser perder pelo caminho. Ora, esse encontro e esse caminhar só poderá ocorrer no casamento, quando um macho e uma fêmea podem se encontrar e se defrontar, razão pela qual o ato sexual entre o homem e a mulher é feito - frente a frente -, e não um atrás do outro, como fazem os animais, e tentam faze-lo aqueles que ainda não compreenderam o que está encerrado no casamento entre macho e fêmea, ou seja, a reconstituição do ser das origens – o Hadam Kadmon, o andrógeno –, algo que só será possível através daqueles que far-se-ão “uma só carne”. Por isso, o Criador disse: “Não é bom que o homem esteja só”, algo que envolve não apenas a mera solidão “estar só”, mas que pontua algo muito mais profundo, pois a solidão física não tem comparação com a solidão existencial, pois esta só irá ser aplacada pela união de 2 seres diferentes, mas complementares, que só e só pode se dar no casamento entre macho e fêmea.
Nesse instante de nossas considerações, vamos aproveitar a sabedoria do Rabino Shlomo Riskin, em sua obra “Luzes da Torá”, vol. 1 – Gênesis, quando ele nos ensina:
“Por que o “nascimento” de Eva está aparentemente cercado de uma qualidade mítica ?  Por que ela é criada a partir de Adão e não como uma criatura independente ?  Na própria pergunta está contida a resposta. O “nascimento” sem paralelo de Eva marca seu papel ímpar como parte inextricável de seu companheiro masculino, como uma criatura com quem ele precisa partilhar e não uma criatura que ele precisa controlar. Afinal de contas, como ela é parte dele, ele também é parte dela.
Portanto, de acordo com essa interpretação, o ser inicialmente criado por DEUS era masculino e feminino. Quando Adão adormeceu, DEUS dividiu essa criatura em duas, de modo que cada metade procurará se completar com a outra. Assim, cada metade compreenderá sua dependência na outra e buscará ficar inteira por meio da outra. De fato, em cada relacionamento ou mutualidade há momentos em que cada uma das partes deve desempenhar um papel mais passivo, como se caísse num sono profundo, para que a outra possa emergir.
Ao acordar, Adão diz a respeito de Eva: “Esta aqui é osso de meu osso e carne de minha carne” (Gen. 2:23). Sua busca terminou. E o que é verdade para Adão é também verdade para o gênero humano. A personalidade humana viverá em angústia até encontrar a compleição por meio do verdadeiro sócio de sua vida. Assim, no versículo seguinte, DEUS anuncia o segundo princípio básico da vida: “Portanto, deixará o homem seu pai e sua mãe (e não seus 2 pais ou suas 2 mães) e unir-se-á à sua mulher e assim serão como uma só carne”. (Gen. 2:24)”.
Só podemos nos fazer – uma só carne – vivendo em plenitude o relacionamento do macho e da fêmea do gênero humano. É algo que só podemos experimentar saindo desse estado de “ainda-não-luz” para caminharmos em direção da luz, e o único ser que poderá nos ajudar nessa libertação é a mulher de verdade – a companheira idônea -, aquela que vai nos ajudar em oposição – hezer kenegedo -, uma ajuda associativa, vamos ser sócios de um mesmo empreendimento, recuperar a imagem e semelhança do Criador, pois o macho e a fêmea vem Dele, e Ele quer que nós experimentemos aquilo que o psicólogo Jung já havia preconizado, descobrirmos nossos lados masculino e feminino, em cada um de nós, tanto homem como mulher, mas isto só poderá se dar pela diferença e não por uma identidade do mesmo, que não nos vai levar a lugar algum, mas nos manter na solidão existencial, que é terrível e penosa, pois nos mantém adormecidos em sono profundo, aquele que vai nos conduzir diretamente para o rio Lethe do inferno.
A posição homossexual é um estado de ainda-não-luz, de imperfeição, de inacabamento, de confusão, não descobrimos ainda a nossa identidade mais básica, de macho e fêmea, algo que a Psicanálise explica muito bem, ou seja, em nosso crescimento físico e mental, um dos passos iniciais é descobrir quem somos em nosso gênero humano, macho ou fêmea, para poder aprender a desempenhar os papéis relativos a cada um deles. Se não conseguirmos dar esse primeiro passo, vamos seguir confusos de quem somos para o resto da vida. E isto é ciência pura, algo que não tem nada a ver com crenças religiosas, mas que diz respeito à nossa constituição física e mental, que terá profundas repercussões no caminhar espiritual.
Com os referenciais em vista: da Árvore do bem e do chamado “mal”, e do que é realmente ser macho e fêmea; meditemos nessas verdades, e permitamos vir à lembrança as cenas das origens, do Gan Eden, para não sermos novamente iludidos pela serpente, que quer nos fazer “como DEUS”, e não permitir a nossa realização como homens e mulheres, como macho e fêmea, quando aí, e só aí, poderemos realmente portar a imagem e semelhança Divina e levá-la para o patamar bíblico da Revelação de HASHEM, o NOME. Um bom dia com a memória em dia. Enos.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

MACHO E FÊMEA – O CASAMENTO – I


“E DEUS criou o homem à Sua imagem e semelhança, à imagem de DEUS o criou; macho e fêmea criou-os” (Gen. 1:27)

Nosso mundo está colocado debaixo de uma polaridade básica, uma oposição está estabelecida em seus fundamentos, a manifestação está sob uma dualidade constitutiva, uma antinomia. Nas Sagradas Escrituras este fato fulcral surge no 1º versículo do Gênesis/Bereshit, contrastando céus e terra. Em seguida, pontua outra dualidade constitutiva: luz e treva. Ao depois estabelece uma separação e/ou distinção entre águas de cima (Holam Chabah) e águas de baixo (Holam Hazeh). Para mais adiante, ao falar da criação do homem, indicar outra polaridade fundamental: macho e fêmea. Mas não termina aí, pois ainda vai pontuar outra dicotomia: o shabat (sábado) e a semana, e de certa forma, concluir contundentemente com o bem e o mal. Isso sem falarmos, na direita e esquerda, no doce e amargo, no prazer e no sofrimento, na beleza e na feiura, etc.
É desta polaridade – macho e fêmea - que vamos nos ocupar, pois nos diz respeito, envolvendo o homem e a mulher, e acima de tudo – o casamento. No hebraico original macho é traduzido pelos termos zachor/zachar (nossos já conhecidos de meditações anteriores), que estão diretamente ligados a dois conceitos de suma importância: o macho da espécie e a necessidade de lembrar-se. E fêmea é traduzida no original hebraico pelo termo neqevah, que por sua vez está diretamente ligado aos conceitos de continente (aquela que contém) e aquela que encerra a força do Nome (algo mais místico e misterioso), pois é ela que “dá à luz” e é a “mãe dos viventes e/ou a doadora de vida (Chawah ou Eva)”. Curiosamente, de Bereshit/Gênesis, destaca-se a seguinte verdade: o homem primeiramente foi feito “macho e fêmea”, isto é, ele era andrógeno, continha em si tanto o macho como a fêmea da espécie, tendo esta sido tirada diretamente do seu ladotselah (e não da costela, como popularmente se diz), razão pela qual o MASHIACH na Cruz teve o seu lado ferido com a lança romana, dele saindo água e sangue, o que simbolicamente constitui o nascedouro da Igreja [aqui verdadeiramente nasce a Igreja Cristã, na Páscoa (Pessah, quando o cordeiro é morto – na Cruz), e não em Pentecostes (Shavuot, ocasião em que se dá a 1ª grande colheita de almas, 50 dias depois) como tradicionalmente se diz], brotando diretamente do lado do Messias (configurando a água o símbolo do batismo e o sangue o símbolo da redenção), à semelhança da mulher tirada do lado do homem no Gan Eden. Em assim sendo, como o homem originalmente era andrógeno, do seu lado saindo a mulher, esta recomposição e/ou reconstituição só poderá se dar no casamento, na união física, mental e espiritual entre um homem de verdade e uma mulher de verdade. Este é o primeiro grande embasamento do casamento, ou seja, como uma união entre seres diferentes, mas complementares. Razão pela qual ela (união) nunca poderá se dar entre 2 homens ou 2 mulheres, pois nunca poderão ou conseguirão se completar e não reconstituirão o ser único original o - Hadam Kadmon. Só no casamento, entre um homem e uma mulher, no momento do orgasmo mais profundo e perfeito – ocorrerá de novo em símbolo a re-união das duas partes complementares – macho e fêmea – como era no princípio, e eles (o casal) se sentirão uma só carne.
Esta bi-polaridade da espécie humana, macho e fêmea, dimana (brota/surge) de algo ainda mais medular, radical, ou seja, da bi-polaridade entre as árvores do bem e do mal. Aqui estamos em terreno por demais misterioso (do nível sod), e vamos nos socorrer da sabedoria de Annick de Souzenelle, em sua obra “O Simbolismo do Corpo Humano”, para trazer alguns ensinamentos de suma preciosidade, ou seja:
“O Homem que passou do 6 ao 7 (do nível da criação ao nível da perfeição, “dica” nossa) começou, assim, a caminhar na direção do mundo divino ultrapassando seus próprios limites. Para ele, não há dúvida alguma de que não pode entrar no mistério, a não ser que consiga abarcar, em sua totalidade e em suas justas relações, os dois termos da antinomia. Em DEUS coexistem o Ser e o Não-Ser. Ao se definir como Ser (Ex. 3:14), DEUS já se limita [é a Kenosis Divina (esvaziou-se de si mesmo, “dica” nossa) dos Padres gregos, o Tsim Tsoum dos hebreus - o PAI (ABA/hav) conteve-se e se retirou de uma parte de Si mesmo, para poder criar o Universo, “dica” nossa] e o caminho do Conhecimento só pode ultrapassar essa definição afirmando também igualmente o seu contrário: o Não-Ser.
Nessa perspectiva, o “bem” e o que se convencionou chamar de o “mal” da Árvore, constituem uma coisa só, como os dois polos de uma mesma realidade inexprimível.
VeRah (o mal) enquanto contrário do bem, da perfeição, da estabilização, não tem o sentido que lhe damos, mas implica a realidade de um formidável dinamismo, de uma perpétua caminhada para essa perfeição que, antinomicamente, já é.
A palavra RAH, na narração bíblica, se nos apresenta incorporada à conjunção “e”, o Waw, formando uma nova palavra VeRAH.  A letra Hayin joga sempre dialeticamente com o Haleph/Halef em uma relação treva-luz, pois o Homem não pode ir em direção à luz do Haleph/Halef senão indo à “fonte” do seu ser, o Hayin. A tensão entre essas duas energias cria o potente dinamismo de crescimento da Árvore.
Suponhamos esse crescimento realizado, o Haleph toma o lugar do Hayin no seio da palavra RAH que se torna VeRAH. Esta última é formada, então, por três letras da palavra luz – Haor. Isso nos permite traduzir a palavra VeRAH – o Mal – por “ainda-não-luz”.
A criação só se manteve em seu equilíbrio de ser vivo na tensão existente entre essas duas realidades que, em “profundeza”, são apenas uma: a luz TOV e a ainda-não-luz RAH, a perfeição e a imperfeição, o acabado e o inacabado, a harmonia e a confusão, etc.
Toda uma sintropia cósmica está aí, como a física pode verificar. Essa disciplina científica está prestes a viver o seu “7”, com a imensa reconversão à qual está obrigada de uns tempos para cá, pela teoria da relatividade de Einstein (um hebreu), teoria que, hoje, diz o físico O. Costa de Beauregard, deveria chamar-se “Teoria do Absoluto encoberto pelas aparências”.
Essas aparências: luz e ainda-não-luz, perfeição e não perfeição, etc., formam a dualidade da manifestação. Quem, ignorando a unidade que as recobre, é capaz de apreendê-las fora da oposição imediata que elas exprimem, da divisão que elas provocam ?
Ninguém pode dominar a antinomia sem ter entrado na experiência vivida da sua ultrapassagem, por parcial que seja, caminhando rumo ao núcleo que liga os seus polos.
Esses dois polos são constitutivos do Adão criado “macho e fêmea” (Gen. 1:27). Macho – Zachor – é aquele que “se lembra” (é a mesma palavra em hebraico) da sua reserva de energia – Neqevah (fêmea), “continente” que encerra a força do NOME. É macho aquele que se lembra do seu feminino inacabado e que toma o caminho da conquista do seu NOME. Está aí a vocação fundamental de cada Adão, homem ou mulher. Adão e o seu feminino inscrevem-se na mesma dialética que Tov – veRah. O feminino, a “sombra” de cada um, contém o segredo do nosso NOME.
O fruto da Árvore do Conhecimento da dualidade é o conhecimento da unidade conquistada, o Yod do NOME Divino YHAWEH (YHWH).”
Resumindo exposição tão rica, verificamos que a bipolaridade - macho e fêmea - procede diretamente daquela outra bipolaridade ainda mais básica – as árvores do bem e do chamado “mal” -, razão pela qual ambas então dentro de um contexto muito profundo e fundamental. Pois, como o “mal” na realidade é uma “ainda-não-luz”, por sua vez é a fêmea que “dá à luz”, dela precisando o macho para a conquista do seu NOME, nome esse que descortina a sua natureza mais intrínseca e que clareia o seu caminhar, ensinando-o a descobrir e desenvolver os seus talentos mais ricos. Nesse contexto misterioso, verifica-se que é a mulher que dá luz ao macho, a fim que possa lembrar-se e conquistar o seu NOME (sua identidade), enquadrando o casal no contexto do bem TOV e do chamado mal RAH. Algo que, jamais, conseguir-se-á numa relação homossexual, homem com homem e mulher com mulher, que continuarão eternamente à procura de si mesmos e nunca se encontrarão, pois são idênticos, temeram a diferença.
Paremos por aqui hoje, pois é muita luz, e muita claridade pode ofuscar, ensandecer. Deixemos que a Palavra trabalhe nosso interior, para nos acostumarmos à luz e podermos voltar a caminhar dentro dessa polaridade maravilhosa e constituinte, permitindo que a luz proceda à reconstituição do nosso lado ainda-não-luz. Enos. 

quinta-feira, 7 de março de 2013

"Em tudo fomos atribulados". (2 Co. 7.5.)


Por que teria Deus de guiar-nos assim, e permitir que a pressão seja tão dura e constante? Bem, em primeiro lugar, isso mostra muito melhor a Sua força e graça suficiente, do que se estivéssemos isentos de pressão e prova. O tesouro está "em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós".
Além do mais, isto faz-nos mais conscientes da nossa dependência, e procurando conter-nos inteiramente em sua Sua mão e confiados ao Seu cuidado. Era o lugar que Jesus ocupava e quer que ocupemos; firmados, não em nossa própria força, mas com a mão sempre na Sua, e com tal confiança nEle que não ousemos dar sequer um passo sozinhos. E esses caminhos de Deus para nós ensinam-nos confiança.
Não há maneira de aprendermos a ter fé, senão pelas provações. Elas são a escola da fé, e é muito melhor aprendermos a confiar em Deus do que a gozar a vida.
A lição da fé, uma vez aprendida, é uma aquisição eterna, bem como um eterno tesouro; e sem a confiança, até mesmo riquezas nos deixarão pobres. - Days of Heaven upon Earth


Sim, meu Senhor, quanta lição preciosa.

Faze-me atento, faze-me aprender.

domingo, 30 de setembro de 2012

" JOB... HOMEM ÍNTEGRO E RETO, TEMENTE A DEUS E QUE SE DESVIAVA DO MAL " (Job 1:1)


Foi assim que DEUS descreveu o caráter de Job. E perguntou a Satanás:
" - Observaste o meu servo Job ? Porque ninguém há na terra semelhante a ele."
Satanás respondeu o seguinte:
" - Tira tudo o que ele tem, e Te amaldiçoará na cara! "
Ele estava querendo a queda de Job, mas DEUS desejava abençoá-lo. Então o Senhor deu permissão ao diabo para lhe tirar tudo. E com uma energia maligna, ele se pôs em ação. Em apenas 1 dia, reduziu o maior homem do Oriente a uma pobreza total e lhe impôs um doloroso sofrimento. Desferiu-lhe golpes esmagadores, um atrás do outro, e com tal rapidez, que até nos espantamos com o testemunho que o ESPÍRITO SANTO dá sobre aquele homem: "Em tudo isto não pecou Job com os seus lábios".

Que tremenda vitória para DEUS!  E que derrota para Satanás!

(Lettie Cowman)

" EM MIM... PAZ. " (João 16:33)


Há uma vasta diferença entre felicidade, no sentido comum, e felicidade, no sentido de bem-aventurança. Paulo sofreu prisões e dores, sacrifícios e sofrimentos até ao extremo; mas em meio a tudo, estava feliz. Todas as bem-aventuranças enchiam seu coração e vida no meio daquelas condições.
Paganini, o grande violinista do passado, apresentou-se ao seu auditório certo dia e descobriu, logo após os aplausos iniciais, que havia algo errado com o violino. Olhou-o por um momento e viu que aquele não era o seu valioso instrumento.
Sentiu-se paralisado por um instante, mas depois, voltando-se para o auditório, explicou o engano. Retirou-se por um momento, procurou-o atrás da cortina, no lugar onde provavelmente o teria deixado, mas percebeu que alguém o tinha roubado, deixando o outro no lugar. Ficou ali por uns instantes, e depois veio para o auditório e disse:
" - Senhoras e senhores: vou mostrar-lhes que a música não está no instrumento, mas na alma."
E tocou como nunca dantes. E a música se derramou daquele instrumento de segunda mão, ao ponto de o auditório ficar arrebatado de entusiasmo, e os aplausos quase romperam o teto, pois aquele homem lhes havia mostrado que a música não estava no instrumento, mas em sua alma.
É sua missão, amigo que está sendo provado e testado, andar no palco deste mundo e revelar a toda Terra e Céu que a música não está nas circunstâncias, nem nas coisas, nem no que é exterior, mas que a música da vida está em sua própria alma.

(Lettie Cowman)