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quarta-feira, 13 de junho de 2012

" COMO MEDITAR II / G "


Ora, este segundo tipo de silêncio, quando DEUS parece ter retirado a Sua Presença, também é uma realidade em que somos deixados sem nenhuma sensação de Seu Ser, mas somente com a sensação de Sua completa retração do nosso mundo, da nossa consciência. Nós aprendemos sempre de novo na meditação que nunca devemos tornar-nos possessivos. É verdade que é maravilhoso quando temos a sensação da infinidade de DEUS nos preenchendo com uma calma infinita, uma sensação profunda de maravilha. Este é um presente maravilhoso, mas não é o que devemos buscar ou possuir. Uma das coisas que aprendemos através da meditação, à medida que amadurecemos, que caminhamos ao longo do caminho, é ficar contentes com ambas as formas de silêncio, tanto com a infinita sensação de Sua Presença como com a finita sensação de Sua ausência. É mais difícil para nós no início, porque, quando começamos a meditar, ainda não aprendemos muito a nos desapegar. Ainda não atingimos o estágio de poder estar contentes tanto com a ausência quanto com a Presença, e de qualquer forma estarmos sempre procurando que a nossa meditação nos satisfaça. Estamos sempre procurando provar a nós mesmos que ela funciona, que agora conhecemos a DEUS, que agora aprendemos a viver em Sua Presença. Mas o propósito da segunda forma de silêncio, Sua ausência, é nos purificar, para aprendermos a amar a DEUS abnegadamente como Ele nos ama (e a Si mesmo). Ele nos ensina a ser fortes na fidelidade, e a assegurar que amemos a DEUS por Ele mesmo e Nele mesmo, e não somente por qualquer manifestação de Sua Presença que nos satisfaça.

("O caminho do não conhecimento" - John Main)

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