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sábado, 8 de setembro de 2012

" O MISTÉRIO DAS LETRAS E DE SUAS COMBINAÇÕES - VII "


Depois de 6 conversas sobre o tema acima, e 6 é o numero relativo à Criação (o Mundo foi criado em 6 dias), façamos uma recapitulação a respeito do caminho aonde as 3 letras: H (hei, que é uma "janela"), que corresponde ao número 5, TS (tsadi, que é um "anzol"), que corresponde ao número 90, e R (resh, que é a "cabeça"), que corresponde ao número 200, estão nos levando, ou melhor, elas estão trazendo à luz verdades milenares ao compor as palavras em exame: ratsah (querer ou desejar), hatsar (adversário), tsohar (claridade, clareza e esclarecimento) e tsarah (problema, constrangimento); que, conjugadas nos apontam um encadeamento de lições e ensinamentos vitais, que envolvem a nossa vida por inteiro, e que do seu entendimento depende a nossa vitória ou derrota no final. Pois, se não soubermos desejar de modo acertado, o nosso querer vai trabalhar contra nós - será nosso adversário, daí a necessidade de claridade - luz -, para a tomada de cada decisão, de cada escolha, de cada passo, a fim de podermos escapar dos problemas amargos e de seus constrangimentos piores ainda.
Vimos mais, que a leitura pela metamatemática dessas 3 letras, que perfazem o número 295, que reduzido leva ao número 7, nos aponta uma 4ª letra de grande importância, o - zain, que, em dois momentos significativos, remete, primeiramente, ao sentido de - zachor/zachar, "o macho da espécie" e "o lembrar-se", e, num segundo momento, faz surgir outro sentido também de suma importância: "Zachor Ymot Holam", ou melhor ainda -"Lembra-te dos dias do Universo que já passaram". Ou seja, esse aprendizado sobre o desejo e suas consequências - não pode e não deve ser esquecido, e, para não termos dúvida alguma sobre tal verdade, é só dar uma olhada no passado e verificar a experiência dos povos e nações, e de personagens famosos que se perderam na hybris, na ultrapassagem dos limites, medidas que foram fixadas desde o Princípio (a nós homens e às nações) e que precisamos observar para que o desejo não nos desencaminhe em um descomedimento, em um excesso, em um desregramento ou imoderação, que nos lavará à destruição final, pessoal ou coletiva.
Ora, esse "lembrar-se" vai nos posicionar simetricamente em oposição ao "esquecimento", que remete a um personagem mítico já visto, o rio do Inferno - de nome Lethe, e que é, segundo a mitologia, filho de Éris, a discórdia e a guerra, e neto de Noite ou Nix, a Treva. Daí que, como vimos, os gregos chamavam a verdade de aletheia, ou "o não se esquecer", pois, em livrando do esquecimento, evitar-se-ia um adormecer em sono letárgico e, por último, um perder-se na própria morte eterna. E isto, lembrando sempre que - em nosso caminhar - corremos o risco de permitir que o desejo levante-se como nosso maior adversário, e a falta de luz ao dar os passos possa envolver problemas inúmeros e terríveis, com seus constrangimentos sem fim.
Então, quando as Sagradas Escrituras em Deut. 32:7-9, nos alertam: "Lembra-te dos dias da antiguidade, considera (atenta) os anos de muitas gerações...", ela está inteiramente dentro do quadro que estamos montando, e que é histórico e profético ao mesmo tempo. Ao usar esses 2 verbos "lembra-te" e "considera" (ou "atenta"), pontua aquilo que vimos: primeiramente o significado de zachor/zachar ("macho da espécie" e "lembrar-se"), ainda acrescido do sentido de "Zachor Ymot Holam" ("aprenda a ver o passado"), seguido agora de um novo verbo de suma importância: - considera/atenta, que tem como palavra raiz em hebraico - byn, distinguir ou separar mentalmente, discernir e/ou considerar; e que nos remete a 2 outros termos vitais: bynah, o próprio Entendimento (uma das Emanações que promanam do Trono de DEUS), e uma outra palavra dela derivada - badal -, que diz respeito aos dois primeiros dias da Criação, quando se fez a "separação" da Luz e da Treva, e das águas de cima e das águas de baixo.
Façamos uma ligeira parada e observemos que o Espírito, nesse momento de nossas considerações, mostra que o desejo vai remeter, com seus companheiros de sentido, ao próprio início da Criação, aos momentos fulcrais de separação da Luz e da Treva (claridade para não nos envolvermos na Treva), e das Águas de cima e das Águas de baixo (clareza para aprendermos a distinguir em que matéria prima queremos ser mergulhados), sabendo que existe uma extensão ou firmamento a delimitar ambas as Águas, colocado que foi nos céus (shamaym). Porisso, só nos voltando para os céus, para cima, para DEUS, vamos poder entender o que está se passando aqui embaixo, e que tem a ver diretamente com tudo o que se passou, primeiramente, lá em cima. 
E ainda nos diz mais a Língua Sagrada, a Lashon HaKodesh, que devemos perguntar/consultar (shahal) ao pai (ab), o macho por excelência da espécie, e/ou ao ancião (zaqen), o mais vivido e experiente, o que a antiguidade (holam) e as gerações (dor) podem nos ensinar/falar sobre esse tema que vai se descortinando ante os nossos olhos, pois nos cabe aprender a aprender a ver o passado (Zachor Ymot Holam), dando uma espiada d'olhos até no princípio do mundo, para verificar mais uma vez aonde o desejo e um querer sem limites e freios nos levou - a uma queda e a uma nudez -, que nos deixaram sem norte e direção, fazendo com que o Criador nos houvesse perguntado: "aonde estás ?". Isto é, "o povo que não conhece a sua história está condenado a repeti-la" (Santayana)
O vento que sopra de onde quer, e que não sabemos de onde vem nem para onde vai, está sibilando lembranças de um passado crucial, de momentos decisivos do caminhar do homem no planete terra. Vamos voltar a Babel e auscultar um problema geopolítico, o problema da herança das nações e povos. Mas isto fica para uma próxima conversa. Enos.

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